Americanas: acionistas pedem que MPF investigue PwC por auditoria na empresa
A PwC aprovou em 2022 as demonstrações financeiras da varejista
Acionistas minoritários da Americanas entraram com ação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo à empresa varejista e à multinacional de auditoria e consultoria PwC sejam investigadas por supostos crimes contra o mercado de capitais financeiros. As informações são do portal O Antagonista.
A PwC aprovou em 2022 as demonstrações financeiras da Americanas. Na semana passada, a varejista anunciou ter encontrado “inconsistências contábeis” estimadas em R$ 20 bilhões, mas dias depois, a empresa disse que a dívida totalizava mais de R$ 40 bilhões. Nesta quinta-feira (19), o juiz Paulo Assed Estefan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), deferiu o pedido de recuperação judicial da varejista.
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O advogado Daniel Gerber, que representa os acionistas minoritários da Americanas, afirmou que vai solicitar o bloqueio de bens dos diretores da varejista e da empresa de auditoria e consultoria. O advogado quer que o MPF investigue se foram praticados os seguintes crimes: uso de informações privilegiadas para a obtenção de vantagens no mercado de capitais, gestão fraudulenta, venda de ações sem lastro e formação de organização criminosa.
Segundo ele, “a magnitude dos acontecimentos exclui a possibilidade de mera negligência”. “Uma coisa é você deixar de enxergar numa operação complexa alguns milhares de reais. Já é difícil, mas pode acontece. Agora, não ver bilhões em uma operação realizada com agentes do sistema financeiro nacional… Isso só pode ser motivado pela disposição de não alertar”, disse o advogado.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Elisa Vaz, repórter do Núcleo de Política).
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