Agência de Energia Atômica alerta Japão sobre água contaminada
A proprietária da usina admitiu que a água tratada ainda contém material radioativo, apesar de passar anos dizendo que fora removido
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou nesta terça-feira (13) que o Japão precisa tratar com urgência de um acúmulo de água contaminada em sua usina nuclear de Fukushima, destruída por um terremoto seguido de um tsunami mais de sete anos atrás.
O pedido, feito após uma visita de especialistas da AIEA ao local, veio depois que a proprietária da usina, Tokyo Electric Power (Tepco), admitiu que a água tratada ali ainda contém material radioativo, apesar de passar anos dizendo que fora removido.
A decisão de se livrar da água "deve ser tomada urgentemente, engajando todos os envolvidos, para garantir a sustentabilidade das atividades de desativação", disse a AIEA depois que sua equipe passou cerca de uma semana revisando os esforços de limpeza.
Em seu comunicado, a agência destacou que lidar com a água é crucial para a limpeza, após três reatores terem sofrido derretimentos na sequência de explosões provocadas pela perda de energia e das providências para o resfriamento depois do terremoto e do tsunami de março de 2011.
A confissão da Tepco pode acabar com suas chances de liberar a água no oceano, uma medida que a agência nuclear reguladora do Japão disse ser o método preferencial e seguro, mas ao qual pescadores locais se opõem.
A Tepco informou ao governo no dia 1º de outubro que ainda há cerca de 1 milhão de toneladas de água armazenada na usina, suficiente para cerca de 500 piscinas olímpicas, com níveis detectáveis de partículas radioativas potencialmente danosas.
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