Conheça mulheres que trabalham com atividades que são a cara de Belém
Maria Iracilda Siqueira de Oliveira, 65, é vendedora de ervas. Neide Juliane Freitas Sobrinho, 39, vende tacacá. Marcia Suely, 49, vende tapioca são a cara de Belém
Belém tem cara, cheiro e sabor. E a reportagem de oliberal.com conversou com três mulheres empreendedoras que, por meio de suas atividades, contribuem para construir a identidade da cidade.Maria Iracilda Siqueira de Oliveira, 65, é vendedora de ervas. Neide Juliane Freitas Sobrinho, 39, vende tacacá. Marcia Suely, 49, vende tapioca. As três mulheres trabalham com especiarias que têm a cara de Belém.
Maria Iracilda Siqueira de Oliveira, 65, trabalha como erveira no Ver-o-Peso há 45 anos. Dessa forma ela formou as filhas, sustentou a família, além de estabelecer uma história com o maior ponto turístico da cidade.
Ela começou na atividade quando estava grávida do primeiro filho e, por intermédio de uma amiga, que também trabalhava no Ver-o-Peso, ela começou no ramo. “De início eu não conhecia nada sobre as ervas e demais produtos, mas aos poucos tanto a minha amiga como outros colegas da feira foram me ajudando e me passando conhecimento. Daqui dessa barraca comprei casa, comprei carro, coloquei filha na faculdade”, comemora Maria Iracilda.
Ela conta que seu ponto de trabalho além de ser o responsável pelo sustento, também é uma escola, pois o contato com as pessoas diariamente lhe proporciona diversos tipos de ensinamentos. “Eu recebo muito aprendizado aqui, desde o contato com as pessoas até o aprendizado das minhas ervas, pois como eu falei, inicialmente eu não sabia de nada, mas com o tempo acumulei muito conhecimento”, pontua a erveira.
Maria conta que um dos maiores prazeres que tem com o trabalho é de quanto recebe o retorno de seus clientes. “Eu vendi uma garrafada para uma turistas que mora na Alemanha, ela queria engravidar e comprou uma garrafada aqui. Depois de alguns anos ela retornou e trouxe o filho dela para eu conhecer. Não tem satisfação maior que essa”, comemora a erveira.
Mais do que nunca o empreendimento de Neide Juliane Freitas Sobrinho, 39, ficou com a cara de Belém. Depois do hit da cantora Joelma ganhar o mundo “Voando para o Pará” ela conta que enxerga de perto a repercussão do tacacá, culinária que tem a cara de Belém. Neide é proprietária de uma das tradicionais barracas, localizada na avenida Nazaré, que além do tacacá vende outras comidas típicas.
Ela diz que se sente orgulhosa em poder servir às pessoas essa comida típica amada pelos paraenses e também sendo mais procurada por turistas. “Aumentou consideravelmente a procura pelo tacacá depois dessa movimentação toda da música da Joelma. Tanto paraenses como turistas têm procurado mais”, pontua Neide.
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A história da barraca emociona Neide, pois se trata de um empreendimento familiar, que começou com sua avó, há 60 anos. “Minha avó começou essa barraca aqui em 1964. Desde quando eu tinha 12 anos eu frequentava esse local com ela. Eu cresci nessa venda”, recorda.
Em 2011, a avó de Neide morreu e ela seguiu com o legado. “Essa venda representa muito para a minha vida, pois tem uma história de família aqui, mas também tem a história da nossa cultura, da nossa cidade, que traz a nossa raiz. Eu me emociono muito com tudo o que representa”, diz Neide. Depois de chorar, ao recordar da avó, Neide sorriu cantando o hit de Joelma para a equipe de O LIberal.
Para Neide, toda essa repercussão da cantora Joelma contribuiu para o crescimento de quem trabalha com a venda de tacacá. “Nós temos muito o que comemorar com tudo isso que está acontecendo. O tacacá tem a cara da nossa cidade e nós contribuímos para isso”, comemora a trabalhadora.
Com a chuva da tarde é convidativo o mix de café com tapioca. Há quem goste de se deliciar com esse alimento que tem a cara de Belém. Os sabores variam desde a tradicional com manteiga até os sabores mais inovadores como a de pizza e doces.
Diante de toda essa inovação e mudança, outra empreendedora que também tem a cara de Belém por trabalhar com esse alimento com a cara de Belém é Marcia Suely, 49. Há 10 anos ela atua com venda de tapioca e recorda como tudo começou.
Márcia conta que antes trabalhava com a produção de lanches diversos, até que recebeu um convite para trabalhar de frente com a tapioca. Ela diz que com o tempo foi se aperfeiçoando cada vez mais com a diversidade de sabores.
"É uma atividade que gosto muito, me sinto bem com o meu trabalho”, pontua. Com relação a tapioca ser a cara de Belém, Márcia confirma, pois ela diz que consegue enxergar isso de perto por meio de seus clientes.
"Nós não estamos aqui só para vender, pois trabalhar com alimento é proporcionar cuidado e carinho, pois as pessoas precisam gostar do alimento e se sentirem bem para poder retornar. A tapioca tem a cara de Belém, pois faz parte da nossa culinária”, reforça a vendedora.
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