Flordelis é condenada: Justiça decide por 50 anos e 28 dias de prisão por morte do pastor Anderson

Parte de uma das investigações que mais chocaram o país nos últimos anos, a ex-deputada Flordelis foi condenada por homicídio triplamente qualificado, após sete dias de julgamento, pela 3ª Vara Criminal de Niterói. O motivo foi o assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

A Justiça entendeu que Flordelis é culpada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada.

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Além da ex-deputada, foi condenada também Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada. As duas não passaram bem durante o julgamento, por isso receberam a sentença em uma pequena sala reservada, sem que pudessem ser vistas por outras pessoas que acompanhavam a leitura da sentença judicial.

A longa trama de investigação, que envolveu diversos profissionais da Polícia Civil do Rio de Janeiro, culminou também na declaração de inocência de Rayane dos Santos, neta biológica da ex-deputada, e de Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, filhos adotivos de Flordelis.

Parte da defesa de Flordelis, a advogada Janira Rocha discordou da sentença e apontou supostos motivos. “Entendemos que foi esse processo que formou uma pressão que levou a este fato dado”, declarou. O também advogado da ex-deputada destacou que o resultado foi "apertado". "Não foi unânime a condenação dela”, declarou.

Flordelis alegou que Anderson cometia abusos contra ela e outros membros da família, o que teria motivado o crime, mas voltou a negar que teve envolvimento na execução do homicídio. Ela lembrou ainda que Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza, dois de seus filhos, foram condenados pelo assassinato.

Os advogados de acusação dedicaram a condenação à família de Anderson do Carmo e afirmaram que vão recorrer da absolvição de André Luiz, Marzy e Rayane.