Passageiros com mobilidade reduzida reclamam de motoristas de aplicativo e taxistas
Denunciante alega que há muitas dificuldades com relação ao pagamento, além da má recepção por motoristas
A equipe do Eu Repórter recebeu denúncias da leitora Arlete Godinho, de 57 anos, sobre as experiências dela com serviços de transportes na Região Metropolitana de Belém. Ela afirma que se sente insegura com o mau tratamento dos motoristas.
"Semana passada eu ia saindo de um hospital com sacola grande, o táxi chegou, não me ajudou a carregar até o porta mala, mesmo vendo que uso a muleta e ainda tinha uma bolsa a tiracolo", contou Arlete.
A denunciante acrescentou as dificuldades com o serviço, já que muitos motoristas não possuem troco, não aceitam cartão de débito ou Pix. "Eles perguntam, se for por Pix, que iniciem logo o processo de pagamento ao entrar no carro por aplicativo. Evitando demora no desembarque", disse Arlete.
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Arlete informou que já faz alguns meses que não vem recebendo um bom serviço com relação às redes de transporte, e que isso a deixa sem alternativas. "Não gostam quando pedimos, por exemplo, o ar condicionado, ou encostar em local mais adequado, tipo para mim que uso muleta", informou.
Em nota, a 99 informou que comportamentos agressivos ou qualquer outra forma de desrespeito ou discriminação não são tolerados. A empresa também acrescentou que realiza, periodicamente, rodas de conversas e treinamentos com foco em diversidade e cidadania para 100% dos motoristas parceiros.
"Temos o Guia da Comunidade, que traz orientações para os usuários de como agir e quais comportamentos não são aceitos na plataforma", disse.
"A empresa reitera a importância do passageiro não aceitar nenhum tipo de cobrança além da que está sendo mostrada pelo aplicativo. Comportamentos como esse vão contra os Termos de Uso do app e devem ser reportados imediatamente a 99 pelo app ou pela Central de Segurança, no 0800-888-8999, para que medidas cabíveis sejam aplicadas, que podem incluir o bloqueio do motorista do aplicativo", comunicou a empresa.
A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Motoristas de Táxi do Pará, mas não obteve retorno.
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(Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Eduardo Laviano)
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