Funcionários reclamam de alta demanda e falta de segurança em hospital
Segundo denúncias, apenas dois médicos atuam pela manhã e três no período da tarde
Profissionais da área da saúde que trabalham no Hospital Regional Abelardo Santos, gerenciado pela Mais Saúde, em Icoaraci, denunciam o excesso de trabalho e a falta de segurança na unidade hospitalar. De acordo com denúncias anônimas recebidas pela equipe do Eu Repórter, apenas dois médicos trabalham no turno da manhã e três, à tarde. Com isso, pacientes precisam esperar cerca de 3h para receber atendimento.
“Falta mais mão de obra. Dois médicos para atender muita gente. De tarde, ficam três. A demanda da pediatria aumentou bastante nos últimos tempos, longas horas de espera, em média três horas. Pela manhã, são dois médicos apenas. À tarde são três, porém tem que dar conta dos pacientes que estão internados aguardando leito para subir para as enfermarias e as demandas de urgência e emergência que são recebidas de todo o Estado”, relatou a denunciante, que não será identificada nesta matéria.
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Segundo a denúncia recebida, o problema reflete na falta de segurança do local, bem como na exposição dos profissionais aos riscos de agressão, por exemplo. “Isso tem feito com que pacientes e familiares se irritem e acabem agredindo os funcionários, verbal ou até fisicamente, conforme registros recentes. Esse final de semana ocorreu com a mãe de uma criança que esperava atendimento. Impaciente com a espera do preparo da medicação, se irritou com a equipe de enfermagem. Deu um tapa em uma técnica e jogou um grampeador no rosto da enfermeira do posto”, relatou. O caso teria acontecido no último sábado (24).
A equipe do Eu Repórter procurou a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), já que o Hospital Abelardo Santos é uma unidade estadual. Em nota, a “Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Direção do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), informa que a equipe de médicos do Pronto-Socorro Pediátrico e dos demais serviços da unidade atendem às legislações e recomendações dos conselhos de classe, e ainda, que os atendimentos de urgência e emergência seguem o protocolo de Manchester, priorizando a gravidade de cada caso”, defendeu a secretaria.
“Sobre o episódio lamentável do último sábado (24), a Sespa afirma que repudia qualquer ato de violência contra qualquer colaborador e que se solidariza com os profissionais de saúde agredidos pela usuária. A direção da unidade já está apurando as circunstâncias do fato”, completou.
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