Escola Edgar Pinheiro Porto está sem previsão de reformas e alunos ficam prejudicados

A instituição está fechada desde agosto do ano passado e alunos ribeirinhos enfrentam dificuldades para cursar o ensino médio

Vitória Reimão
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O corpo docente da Escola Estadual Edgar Pinheiro Porto, localizada na passagem Nove de Janeiro, no bairro da Cremação, em Belém, denuncia a falta de previsão para as reformas na instituição e as dificuldades pedagógicas para continuar ofertando ensino aos alunos.

Segundo informações, a escola está fechada desde agosto do ano passado e muitos alunos que moram nas ilhas do outro lado da Baía do Guajará, como a Ilha do Combu e Ilha Grande, estão enfrentando dificuldades para cursar o Ensino Médio na capital paraense.

A escola Edgar Pinheiro é importante para os alunos das ilhas devido a sua localização, além de possuir o maior número de alunos ribeirinhos matriculados, segundo as informações das denúncias. Para chegar ao local, os alunos não precisam pegar ônibus e a escola fica próximo ao porto, onde desembarcam. 

Alunos, professores e corpo técnico estão utilizando apenas duas salas de aulas cedidas pela Escola Estadual Monsenhor Azevedo, que fica na avenida Alcindo Cacela. Porém, as aulas são prejudicadas, já que há rodízio de turmas e por ser semipresencial, além de outras demandas pedagógicas como as péssimas condições de acomodação e a falta de estrutura para acolher todas as turmas. Os alunos vindos das ilhas não têm celular ou até mesmo internet, o que precariza ainda mais as aulas remotas. 

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Uma professora da instituição, que não quis ter seu nome divulgado, falou a respeito dos problemas que a escola possui. "Eu devo tá na escola há uns cinco anos e desde que eu entrei, essa escola apresenta problemas de rachaduras, infiltrações, goteiras e alguns comprometimentos nas colunas, segundo o laudo dos bombeiros. Desde que eu entrei já existe esse laudo com a possibilidade de ocorrer um desabamento", disse.

De acordo com a professora, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) afirmou que seria feita uma reforma completa, entretanto, não houve avaliação técnica e nenhum especialista ou representante do órgão compareceu no local.

"Na última terça-feira (24), eu mesma fui até a Unidade Seduc Escola (USE) que corresponde a nossa escola. Uma das técnicas me disse que o atual secretário vai dar prioridade na reforma da instituição. O problema é: quando essas reformas irão acontecer? Já que muitos pais viram que não tem como seus filhos continuarem na instituição por causa do espaço físico e já estão pedindo transferência. Não estamos conseguindo fazer as matrículas", pontuou a professora. 

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) informou que uma equipe técnica da Secretaria já fez o levantamento dos danos para reconstrução da unidade, que está no cronograma de obras para 2023. 

"A Seduc ressalta ainda que as aulas e atividades administrativas são realizadas em formato híbrido, em duas salas de aulas cedidas pela Escola Estadual Monsenhor Azevedo, no mesmo bairro, para que os estudantes não sejam prejudicados", comunicou o órgão.

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(*Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Mariana Azevedo)

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