Clínicas e laboratórios que prestam serviço do SUS em Belém estariam sem receber há dois meses

Representantes de laboratórios e clínicas que atendem os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), afirmam que estão há dois meses sem receber comissão da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma).

As denúncias anônimas encaminhadas para a equipe do Eu Repórter, informaram que sempre houve atrasos nos pagamentos pelos serviços realizados. 

"O nosso laboratório atende ao SUS, sendo que a nossa receita é de 98% dependente do repasse da prefeitura. Estamos com os pagamentos das nossas produções dos meses de junho e julho em atraso e o mês de agosto também não foi pago", disse a denunciante anônima.

Outra denúncia informa que o problema começou no mês de janeiro, quando não foi realizado o pagamento. "Em fevereiro, pagaram os dois meses que faltavam. Em maio, não recebemos nada e nos meses seguintes ficamos recebendo com um mês de atraso, isto é: em junho recebemos maio, em julho recebemos junho, em agosto recebemos julho. Mas, no mês de setembro, não recebemos nada novamente, completando dois meses de atraso. Alguns colegas relatam atrasos ainda maiores", contou o denunciante.

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Denunciantes relatam que não conseguiram entrar em contato com o órgão, pois não há um canal eficiente de comunicação com a secretaria. Houve uma reunião com quatro representantes de clínicas e laboratórios para ir até a Sesma, entretanto não foram atendidos corretamente. 

"Não passamos da recepção, não fomos recebidos por ninguém e o máximo que conseguimos foi falar por telefone com uma funcionária que disse que iria repassar nosso problema para o secretário", disse a denúncia. 

Os denunciantes informaram que devido a saúde em Belém ser municipalizada, a prefeitura de Belém, por meio da Sesma, é responsável em fazer o pagamento com recursos recebidos do Governo federal, porém, não há sinalização de que ainda neste mês haverá pagamento.

"O grupo de donos de laboratórios já se articula para uma paralisação no atendimento. Essa situação também é vivida por clínicas, maternidades e hospitais que atendem ao SUS de Belém. Estamos muito preocupados porque dependemos dessa verba para fazer o pagamento de nossos funcionários, fornecedores, além de compras de materiais", contou a denunciante anônima. 

A reportagem entrou em contato com a Sesma para pedir demais esclarecimentos sobre o assunto. O órgão informou que está verificando a situação e que em breve iria enviar um posicionamento. Até o fechamento desta matéria, não recebemos nota sobre o caso. 

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(Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Eduardo Laviano)