Casa Mental de Mosqueiro está sem medicação há seis meses, afirma denúncia
Espaço também estaria sem um especialista em Psiquiatria para atendimento
Há quase seis meses que a Casa Mental do Mosqueiro, localizada na rua Francisco Xavier Cardoso, no bairro de São Brás, no distrito de Mosqueiro, estaria sem medicamentos, segundo relatos anônimos encaminhados para o Eu Repórter. Os remédios em faltam seriam Carbamazepina, Carbolitium e Neozine.
De acordo com a denúncia, a necessidade dos pacientes não estaria sendo suprida e, atualmente, os usuários estão tendo que comprar as medicações do próprio bolso. "Me sinto prejudicada financeiramente com esse gasto de medicamentos, cujo papel é da Secretaria Municipal. Sou mãe de dois pacientes e estamos há seis meses nessa situação", conta.
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A Casa Mental também estaria sem um especialista em Psiquiatria para atendimento. As consultas estariam sendo feitas por um médico geriatra, segundo a denúncia. "As receitas só são dadas quando o paciente já se encontra sem o medicamento, o que prejudica o tratamento, pois eles ficam sem a dosagem diária", acrescenta a reclamante.
De acordo com a denunciante, a Casa Mental atende uma grande parte da população de Mosqueiro, recebendo mais de 20 pessoas por semana, às vezes. "Hoje (7), fui até o local para buscar o medicamento dos meus filhos e a situação continua. Não tem previsão de quando voltarão a ser fornecidos", diz.
A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou, por nota, que os medicamentos carbamazepina e levomepromazina já possuem empenho e aguardão a entrega pelas empresas responsáveis. "O medicamento Carbonato de Litio está no novo processo licitatório em trâmites administrativos para finalização de sua aquisição", comunicou.
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(*Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem)