AVC em jovens: por que o número de casos cresce e como prevenir?
Sintomas do acidente vascular cerebral surgem de maneira repentina
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) trata-se da obstrução ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, o que acaba causando a paralisia da área cerebral. Atualmente, esse problema vem afetando cada vez mais os jovens devido ao aumento do número de casos de obesidade, diabetes e hipertensão, doenças que estão diretamente relacionadas ao AVC.
Outro ponto que merece destaque é que fatores como tabagismo, sedentarismo, apneia do sono, colesterol elevado, uso excessivo de álcool e uso de drogas ilícitas aumentam o risco de ter um AVC.
De acordo com o Daniel Guedes Tomedi, neurologista do Hospital Adventista de Belém, ainda que esse problema possa surgir em qualquer idade, inclusive em crianças e recém-nascidos, a chance de ocorrer cresce conforme a idade avança.
“Quanto mais velha uma pessoa, maior a chance dela ter um AVC. Estima-se que no mundo cerca de 2 milhões de pessoas entre 18 e 50 anos sofrem com um AVC anualmente. Pessoas do sexo masculino e a raça negra exibem maior tendência ao desenvolvimento desse problema”, destaca o neurologista.
Os sinais de um acidente vascular cerebral surgem de maneira repentina e variam de acordo com a região afetada do cérebro. Os sintomas mais comuns são:
- Boca torta;
- Dificuldade para falar;
- Perda da força em um dos lados do corpo;
- Perda ou alteração da visão;
- Dormência ou formigamento no rosto, braços ou pernas;
- Sintomas menos específicos como desmaio, dor de cabeça muito intensa e vômitos.
VEJA MAIS
Sequelas
Para reduzir as sequelas de um acidente vascular cerebral, é necessário acompanhamento multidisciplinar com fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, dependendo do déficit neurológico residual após o AVC. Desta maneira, é possível recuperar a força muscular, a fala e também aumentar a chance de independência funcional.
“É importante que o tratamento para AVC seja iniciado ao identificar os primeiros sintomas, porque quanto antes for iniciado, menor é o risco de sequelas como paralisia ou dificuldade para falar”, acrescenta o neurologista Daniel Guedes Tomedi.
AVC isquêmico x AVC hemorrágico
O AVC isquêmico é caracterizado pela obstrução do fluxo de sangue dentro das artérias, o que impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais. Já o hemorrágico, ocorre devido ao rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge.
Após a realização do exame de imagem é possível definir se o paciente está apresentando um AVC isquêmico ou hemorrágico. O tratamento do AVC isquêmico pode ser feito com medicamento trombolítico administrado na veia do paciente. A função do medicamento é dissolver o coágulo que está entupindo a artéria cerebral e causando a isquemia.
No caso do AVC hemorrágico, é necessário fazer o controle adequado da pressão arterial e, em alguns casos, pode haver a necessidade de uma neurocirurgia, o que obriga agilidade do hospital em promover uma rápida avaliação do neurocirurgião.
A seguir, confira as maneiras de prevenir um AVC:
- Mantenha uma alimentação saudável;
- Evite o alto consumo de gorduras e açúcares;
- Faça atividade física aeróbica regularmente;
- Controle a pressão arterial e o diabetes;
- Evite o consumo excessivo de álcool e cigarros.
O Hospital Adventista de Belém conta com uma equipe altamente capacitada para o tratamento e prevenção de AVC. Para agendar consultas e exames, entre em contato por meio dos números: (91) 3084-7533 ou (91) 3194-1133. Clique aqui e saiba mais.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA