Remo lança cartilha de 'bons modos' para conscientizar torcedor sobre ataques homofóbicos

A estreia do clube no Parazão teve a distribuição da cartilha com dicas de boa convivência e respeito ao próximo. Novo terceiro uniforme teve casal vítima de preconceito como modelos

Luiz Guilherme Ramos
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Os últimos dias foram bastante intensos nos bastidores do Remo. Antes de estrear com uma bela vitória no Parazão deste ano, o clube promoveu ações em combate aos crimes de preconceito, sobretudo depois que um um casal foi alvo de ataques homofóbicos na internet, ao postarem fotos usando a camisa do clube. O material já havia sido elaborado pelo clube antes mesmo do caso vir à tona e acabou ganhando ainda mais importância. Neste domingo (5), na estreia no certame, o Remo também usou o novo terceiro uniforme e distribuiu cartilhas com várias dicas de convivência social durante as partidas. 

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A razão por trás da iniciativa atende uma necessidade cada vez mais latente no mundo do futebol: eliminar o preconceito, que ainda é sentido nas arquibancadas e até mesmo nas quatro linhas. Recentemente, Hércules Cássio e o marido postaram nas redes sociais fotos de um ensaio fotográfico, onde vestiam os uniformes do Remo, mas foram atacados por várias pessoas que não aceitavam a felicidade do casal

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O caso repercutiu na mídia, os remistas foram convidados pelo clube para participar da campanha de lançamento dos novos uniformes e se mostraram muito felizes com a iniciativa. "Eles entraram em contato com a gente para fazermos parte do desfile que iria apresentar a nova camisa do Remo. Fizemos umas fotos com eles e algumas foram publicadas nessa campanha. Quando eles nos chamaram, a gente ficou pensativo. Fomos lá, eles nos trataram super bem, nos sentimos acolhidos", explica Hércules Cássio, uma das vítimas dos ataques. 

A negatividade do ato foi superada com a ajuda do próprio clube do coração, do qual eles agora guardam gratidão e respeito por toda a acolhida em um momento importante na luta pela igualdade de gênero e orientação sexual. "Eu gostei muito, foi muito bom. Parece que todo aquele pesadelo, os comentários homofóbicos saíram um pouco. Todo mundo está compartilhando", comemora, garantindo que não vai deixar de frequentar o estádio e que torce pela conscientização da sociedade em algum momento. 

"A gente sempre ia nos jogos do Remo, mas depois disso, não fomos mais. Queira ou não, existe muita gente homofóbica. Isso, no entanto, foi um grande passo, e como eles disseram, sempre vai haver o preconceito no meio do futebol. No entanto, isso não vai nos impedir de continuar a ir nos jogos do Remo", garante o torcedor Hércules Cássio. 

Cartilhas Educacionais

image Cartilhas foram espalhadas nas dependências do Baenão. (Divulgação / Ascom Remo)

Apesar dos pesares, o Clube do Remo continua nas trincheiras do combate ao preconceito e as ações não pararam por aí. Antes da partida contra o Independente foram colocados em diversos pontos do estádio cartilhas educacionais, que trazem informações necessárias para torcer pelo clube sem atos contrários ao regulamento das competições, que podem resultar em multas e punições severas, como a perda de mando de campo.

Orientações destacadas no documento: 

  • É proibida a prática das condutas de portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência;
  • Portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo;
  • Cânticos discriminatórios, racistas, xenófobos ou homofóbicos são proibidos dentro do Banpará Baenão;
  • Arremessar objetos, substâncias ou líquidos, de qualquer natureza para dentro do gramado, nos jogadores, comissão técnica, staff e arbitragem;
  • Reforçar e orientar que nossas torcedoras merecem respeito e segurança na praça esportiva, com o disque denúncia;
  • Incentivar os torcedores com o intuito de estimular a doação de sangue e a divulgação da importância da causa. 

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