Remo: desde criança sua atenção era atraída para TV de tubo quando o assunto era futebol
Marcos Valadares, 24 anos, Historiador
Uma criança, uma bola e em algum momento, uma camisa. Tais fatores são comumente os mais vitais para o início de uma história com um time. No meu caso, uma camisa do Remo recebida de meu pai no ano de 2000, bolas e objetos do time solicitados por um garoto nascido e criado no bairro do jurunas que desde muito cedo, tinha olhares atentos para a TV de tubo, que atraía todas atenções quando o assunto era futebol e Remo.
Lembro-me da campanha campeã do Remo na Série C de 2005, onde pela primeira vez fui ao Mangueirão e pude perceber as sensações de torcer, observando pessoas estranhas em questão de segundos vibrarem juntas e agarrarem-se numa euforia sem fim. Pareciam ser amigas de uma vida toda. Talvez isso explique a relação de torcer e amar. Raras são as manifestações coletivas que geram esse sentido de comunhão inflamada e conduzida por um fator em comum: o amor ao Remo.
A partir disso, mergulhei cada vez mais ao sentimento vibrante de uma nação de torcedores. Minha história com o Remo pode se confundir com outras milhares que começam na infância e se intensificam com o tempo. Entre vitórias e derrotas, percebo que o que faz cada torcedor sentir-se especial e identificado com seu time é justamente saber que não é o único a sentir isso. E assim, uma nação se sente. Com detalhes e semelhanças de muitos que amam o mesmo time, o mesmo Remo.
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