Remo: chapa Frente Azulina rebate decisões eleitorais e fala em 'omissão' dos poderes; entenda
O grupo liderado pelo cientista político Renan Bezerra entrou com um pedido de impugnação da candidatura situacionista, negado pela Comissão Eleitoral e Assembleia Geral, responsáveis pelo processo eleitoral do próximo dia 12
Após tomar conhecimento da decisão despachada na Assembleia Geral do Clube do Remo, acerca da representação que pedia a impugnação de candidatura da chapa "Remo mais Forte", os membros da "Frente Azulina" manifestaram novamente o seu repúdio diante do desfecho negativo, agora em instância superior.
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No último dia 29 de outubro, a "Frente Azulina" entrou com uma representação junto a Comissão Eleitoral, alegando que um funcionário do clube teria participado de um "adesivaço" junto com a chapa "Remo mais Forte", representada por Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, atual vice de Fábio Bentes, atual presidente, quebrando assim a resolução 003, editada pela mesma, que veta a participação de funcionários em atividades ligadas a qualquer um dos candidatos. Da mesma forma, em outro evento, um ex-nadador do clube teria feito propaganda eleitoral, fatos estes expostos aos membros da comissão.
A medida foi indeferida na Comissão Eleitoral e a chapa levou o caso para a Assembleia Geral, uma espécie de "instância superior", comandada pelo advogado Daniel Lavareda, que também indeferiu o pedido na última quarta-feira (8). Assim, com duas derrotas seguidas, os integrantes da chapa resolveram se manifestar, afirmando que o pleito azulino estaria "eivado de vícios passíveis de judicialização".
"Acompanhamos nas últimas semanas uma série de omissões em uma função que lhe foi atribuída pela resolução que regulamenta o Processo Eleitoral, bem como o seu papel estatutário e que lamentavelmente refletem uma postura de acanhamento que tomou conta dos órgãos que compõem o Processo Eleitoral do Clube do Remo", começa o texto divulgado pela assessoria do candidato Renan Bezerra. Em seguida, o texto expõe aquilo que chama de "falta de transparência".
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"É inaceitável que tenhamos um processo marcado por desmandos e desrespeitos com a anuência da Comissão Eleitoral e da Assembleia Geral, que tinha o dever de agir com transparência e imparcialidade na condução do pleito azulino, considerando inclusive a elaboração e aprovação de uma lista de sócios aptos à voto com diversos falecidos e nomes duplicados"
Ademais, a chapa fala em "judicialização", ou seja, levar o caso à justiça comum, mas entende que a medida seria extrema e acabaria por prejudicar a reorganização do clube e da nova diretoria que será eleita neste domingo (12). "Repudiamos veementemente todas as irregularidades que estão ocorrendo e lamentavelmente o pleito encontra-se eivado de vícios passíveis de judicialização. Em que pese esta condição, por respeito ao associado e o planejamento de futebol profissional para 2024, temos ciência que a judicialização deste pleito eleitoral só prejudicaria a instituição".
A nota segue dizendo que a chama continuará atenta a "todos abusos e desmandos até o dia da eleição", e encerra afirmando que "O Clube do Remo não tem dono, é patrimônio do seu associado e do torcedor paraense". As eleições no clube ocorrem no próximo dia 12, na sede social.