Remo: depois da negativa na Comissão Eleitoral, chapa de Renan Bezerra perde na Assembleia Geral
O candidato da chapa Frente Azulina tentou impugnar, sem sucesso, a chapa da situação, liderada por Tonhão, que segue livre para a votação do próximo dia 12, na sede social do clube
Os últimos dias que antecedem as eleições para a escolha do próximo presidente do Clube do Remo continuam quente nos bastidores, sobretudo na seara da chapa "Frente Azulina", que sofreu novo revés na tentativa de impugnar a chapa "Remo mais Forte", do candidato situacionista Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão. Depois de recorrer à Comissão Eleitoral e ter o pedido negado, o candidato Renan Bezerra apelou à Assembleia Geral, novamente sem sucesso.
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O pedido inicial da chapa opositora se baseou no fato de que, em duas ocasiões, funcionários do clube estariam fazendo campanha em favor da chapa de Antônio Carlos Teixeira, que é o atual vice-presidente do clube e candidato da situação. Conforme argumentado na documentação encaminhada à Comissão Eleitoral, um funcionário do clube teria participado de um adesivaço junto com a chapa, contrariando a resolução 003, editada pela mesma. Além disso, em outra oportunidade, durante um evento promovido na natação do clube também houve, segundo a denúncia, nova propaganda ilegal.
Na última sexta-feira (3), a resposta da Comissão Eleitoral foi a seguinte:
"...baseando-se em paralelo no direito eleitoral, verifica-se que a participação de um único servidor em evento eleitoral não compromete a isonomia e legalidade do pleito. Outrossim, observou-se, também, que o enfermeiro estava de férias à época do fato e não recebeu qualquer vantagem econômica, logo não há gravidade para cassação da candidatura". Sobre o segundo fato exposto, a comissão reiterou que "no que tange ao apoio do 'ex-nadador' do clube, André Pereira, à chapa 'Remo Mais Forte', vislumbra-se que tal ato se limita à liberdade de expressão do atleta, possibilidade que está resguardada pela Carta Magna de 1988. Além disso, verifica-se, conforme provas acostadas nos autos, que a realização do evento não tinha caráter político, tanto é que não havia a presença de membros da chapa requerida, sendo considerada atitude isolada do 'ex-atleta'".
SAIBA MAIS
Diante da negativa, a representação foi levada à Assembleia Geral do clube, presidida por Daniel Lavareda, que despachou da seguinte forma:
"Ante o exposto, o regramento é claro e taxativo, não cabendo, in casu, interpretação extensiva, tendo em vista que, a Presidência da Assembleia Geral não possui legitimidade para decidir sobre matéria ou rever decisão que julga improcedente pedido de cassação, somente havendo competência – ao Pleno – em caso específico de imputação de penalidade nos termos dos incisos III e IV da referida Resolução. Portanto, por falta de previsão legal, não conheço do Recurso interposto".
O Núcleo de Esportes de O Liberal aguarda um posicionamento da chapa "Frente Azulina" acerca da decisão da Assembleia Geral do Clube do Remo.