Remo campeão 100%: Agnaldo e ex-jogadores relembram conquista que completa 20 anos em 2024
Leão venceu o todos os jogos do Parazão de 2004 e conquista entrou para a história do clube azulino
O Remo completa nesta temporada 20 anos da conquista do título do Campeonato Paraense 100%, em que o Leão Azul venceu todas as 14 partidas que disputou. O clube azulino sempre relembra o fato e, no atual quadro de funcionários do clube, está Agnaldo de Jesus, carinhosamente chamado de “Seu Boneco” pela torcida azulina. Hoje como auxiliar de desenvolvimento de futebol, Agnaldo ao lado de Gian e Marquinho Belém, relembraram o título importante do Leão.
Agnaldo chegou ao Leão para ser auxiliar de Givanildo Oliveira, mas um desentendimento entre o técnico e a diretoria do Remo, fez com que o ex-jogador assumisse o cargo para o início do Parazão enquanto que a direção buscava um outro técnico.
“Me pediram para ficar até a chegada de um novo técnico e aceitei, já que era funcionário do clube. É aquela pressão grande, vinha de clubes intermediários, mas não do tamanho do Remo, clube de massa e sempre aquela desconfiança no trabalho, mas tive um grupo abençoado, que comprou a minha ideia e fizemos um belo Parazão”, disse.
O jogo mais difícil
Agnaldo teve 14 testes de fogo no Parazão 2024, dois clássicos e um deles na estreia. A pressão da imprensa incomodou o técnico, que davam como certa a derrota do Remo e a queda do treinador.
“O jogo mais difícil foi a estreia. Nada mais, nada menos que um Re-Pa. Nunca vou esquecer, que falavam que se o Remo perdesse, eu iria cair. Nem estreei estão querendo me derrubar? Tudo iniciou em um Re-Pa, com 1 a 0 para o Remo. Nesse jogo a perna temeu, os restos de fios de cabelo arrepiaram”, contou.
Ele e mais 10
Agnaldo foi enfático ao afirmar que um jogador desiquilibrou a favor do Remo naquele ano. Seu Boneco citou que o grupo era homogêneo, mas destacou a importância de Gian.
“Um jogador que foi um diferencial naquele elenco chama-se Gian. Esse é diferente até hoje, tanto pelo seu caráter, honestidade e dentro de campo fazia a diferença. Tínhamos um grupo homogêneo, mas na minha opinião o Gian era o jogador que chamava a responsabilidade, tocava o barco e era o maestro do time”, contou.
Momento inesquecível
“O momento especial foi no 14º jogo, o apito final do árbitro e eu olhar para o céu e agradecer. Quem conseguiu isso foi Deus, eu não consigo nada. Foram pessoas que estavam ao meu redor. Olhar o rosto do torcedor, a alegria de todos, pois não tem melhor satisfação que a felicidade do torcedor do Remo, que é sofrido, que deixa de comer para pagar ingresso e assistir ao Remo”, falou.
Príncipe Gian
O camisa 10 daquele time era o meia Gian. O ex-jogador conversou com a equipe de O Liberal e falou da importância daquele título na carreira e como o era a convivência do elenco aos comandos de Agnaldo de Jesus.
“Representou muito o título 100%. Aquela temporada foi de consolidação do meu futebol com a camisa do Remo. Foi um ano em que tínhamos uma amizade muito boa no Baenão, um ambiente bom, em que os atletas e comissão chegavam 40 minutos antes e ficávamos conversando, grupo unido, mesmo com todas as dificuldades, principalmente de salários atrasados. O Agnaldo foi importante, pois correu atrás de amigos para ajudar no nosso café da manhã e almoço, entre outras coisas que fortaleceram ainda mais o nosso vínculo. Nossa equipe era formada por muitos jogadores do Pará e isso é importante, que entendiam o que era o Remo e o que representava aquela conquista, pois sabiam que no retorno para casa. Foi importante para todos no grupo e tenho esse ano como uma temporada gratificante e ter atuado no meio desses atletas e principalmente do Agnaldo, que até hoje é um grande amigo”
Marquinho Belém
Outro jogador que esteve naquela conquista foi o lateral Marquinho Belém, que atualmente é comentarista nas transmissões de jogos do Leão na Remo TV. Marquinho enalteceu o trabalho de Agnaldo de Jesus à frente daquele time que entrou para a história do Remo com o título 100%.
“Foi muito importante o Agnaldo como treinador. Ele era um líder, um gestor, que não se preocupava apenas com os atletas. Ele era um técnico que não trabalhava apenas com 11 jogadores e ele sentiu isso, pois só assim se consegue títulos. Ele poder levar a experiência dele de ex-atleta para a gente, foi importante. Ele era um gestor, que na minha opinião, é uma das coisas mais difíceis que tem. Treinar é fácil, mas criar relações positivas, honestas e transparentes é outra coisa e fazer com que todos pensassem da mesma forma”, comentou.
Está na história
Marquinho falou da forma como foi a conquista e a importância em ter entrado para a história do Remo com um título grandioso da forma que ocorreu.
É saber que não só vestimos a camisa do Remo, mas fizemos história. Isso é um reflexo do que fizemos. Quando for lembrado, comemorado aquela conquista, mostra que valeu o esforço, coisas que abrimos mão valeu à pena”, disse.
Confira os jogos da campanha azulina
Primeiro turno
Remo 1×0 Paysandu
Carajás 0x3 Remo
Castanhal 1×2 Remo
Tuna 1×2 Remo
Remo 4×1 Águia
Bragantino 1×2 Remo
Remo 1×0 Ananindeua
Segundo turno
Remo 5×0 Bragantino
Remo 5×2 Castanhal
Ananindeua 0x2 Remo
Remo 2×1 Carajás
Remo 4×1 Tuna
Águia 1×2 Remo
Paysandu 0x2 Remo
Campanha
14 jogos
14 vitórias (100%)
37 gols marcados
9 gols sofridos
28 gols de saldo
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