Ex-Remo, Ricardo Catalá diz em entrevista que diretoria não teve paciência com o trabalho; vídeo
O hoje técnico do São Bernardo foi questionado sobre o porquê de sua passagem no Leão Azul não ter dado certo
Ricardo Catalá, ex-técnico do Remo, concedeu uma entrevista ao canal do jornalista Matheus Raymundo, do @nossofutebol, e falou sobre o tempo em que dirigiu o time azulino, cuja passagem acabou durando menos que o esperado. Catalá comandou o Remo do final de 2023 até o Campeonato Paraense de 2024, até ser demitido após um empate com o São Francisco, pelo Parazão daquele ano.
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Em dado momento da conversa, o treinador falava sobre a conversa com a diretoria do clube, que foi compreensiva quanto a oscilação do time que estava sendo montado para a temporada deste ano.
"Aqui, nós fizemos 20 contratações para este Paulistão. Quando nós sentamos para discutir as coisas com o proprietário, nós falamos sobre o número de contratações, que seria também a maior reformulação no São Bernardo nos últimos cinco anos. Com isso, pode existir uma oscilação na competição em função dessas trocas. Disseram que estava tudo certo, que entendiam os riscos mas também entenderam que esse era o caminho", disse, acrescentando que o mesmo havia sido conversado com a diretoria remista.
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"Essa mesma conversa foi produzida no Remo. Olha, nós vamos contratar mais de 20 jogadores e existe a possibilidade da equipe oscilar. Existe também a necessidade de uma adaptação por causa do clima, que é muito peculiar. O Campeonato estadual é totalmente diferente da Série C, então vocês precisam definir se vocês querem um time para o estadual ou brasileiro. Disseram que o time era para a C", relembra.
Ricardo Catalá comandou o Remo em apenas oito partidas em 2024, mas garantiu permanência após 15 jogos em 2023, que garantiram o time na Série C daquele ano. Na ocasião, ele foi anunciado entre as duas partidas da final do Campeonato Paraense. A missão era dura: tirar a equipe da lanterna da Série C após quatro derrotas seguidas no início do torneio. Com o tempo, os resultados demoraram a aparecer e, devido à impaciência da torcida, o técnico acabou demitido, tendo como estopim a eliminação para o Porto Velho-RO, na primeira fase da Copa do Brasil.
"Normalmente, numa leva de contratações você erra 20% ou 30%, então, depois do estadual, pode ser que a gente tenha aí mais ou menos umas seis trocas. E estava tudo bem. Na palavra é tudo muito bonito, mas obviamente quando algum resultado não é positivo, caso do Porto Velho, aí é que a gente vê se as ações vão se confirmar, seja o que foi dito, seja o que foi escrito", encerrou.