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Após acesso no Remo, Jaderson cita Tonhão, proposta do Paysandu e revela a importância de Catalá

Jarderson foi um dos destaques do acesso do Remo à Série B. O jogador fez questão de lembrar do técnico Ricardo Catalá, em um ano conturbado, mas que terminou feliz aos azulinos

Fábio Will

O Remo voltou à Segundona do Brasil e teve nos pés de Jaderson, um refúgio nesta Série C. O jogador falou de tudo o que ocorreu com o elenco na temporada e toda a emoção de presenciaro Mangueirão com mais de 50 mil pessoas, acesso, festa e o Remo de volta à Série B do Brasileiro. O último final de semana foi de extrema alegria aos azulinos da cidade, que fizeram uma linda festa tanto no estádio, mas como em toda Belém e principalmente na Doca, avenida que é o principal palco das comemorações do torcedor paraense. Para Jaderson, foi um momento único e citou bastidores, conversa com o presidente Tonhão, proposta do Paysandu e fez questão de revelar qual técnico foi mais importante na sua trajetória no Leão Azul.


Jaderson falou sobre a importância do presidente Tonhão no processo do acesso, da forma como ele foi tratado durante a temporada e citou o apoio que teve do presidente em ano conturbado, mas que terminou de uma forma mágica.

TONHÃO

“[O Tonhão] foi uma pessoa que sempre me apoiou. Quando conquistamos o acesso a primeira pessoa que abracei foi o Tonhão, que é um cara que batalhou, que injustamente sofreu muito no começo do ano, mas que tem um coração puro, ajudou todo mundo e ele merece muito”, disse.

Durante a temporada alguns clubes gostariam que Jaderson deixasse o Remo, um deles o Paysandu, maior rival azulino. O meio-campista falou de como foi essa procura, detalhou conversas e afirmou que o desejo sempre foi permanecer no Remo, além deter recebido mensagens ofensivas de torcedores do clube azulino, que pensavam que ele iria “Atravessar”

 

PAYSANDU

“Teve sim contato, eles já tinham falado com o Athletico-PR e meu empresário, mas antes tinham falado comigo, mas levei a situação naturalmente. Não balancei com a proposta, mas não era desejo meu jogar no Paysandu, com todo respeito, que é uma grande equipe. Foi uma semana muito turbulenta, muitos falavam que eu iria sair, recebi comentários ofensivos, falaram até que errei o pênalti de propósito [na semifinal da Copa Verde], bati como treinava e o goleiro foi feliz em fazer a defesa”, falou.

OUTRAS PROPOSTAS

Jaderson revelou que teve possibilidades de deixar o Remo e que recebeu propostas de outros clubes, mas que a forma como foi recebido no Baenão, os funcionários e o ambiente, fizeram ele recusar todas elas.

“O que me fez querer ficar no Remo foi o desejo, a gana de querer vencer, a torcida, as pessoas que trabalham aqui, o ambiente maravilhoso. Além do Paysandu, ao longo do ano recebi muitas propostas de saída, quando abriu a janela de transferência também, mas o que me fez ficar foi o desafio de colocar o Remo onde ele merece. Não iria sair daqui para um lugar que eu teria que começar uma nova história, sendo que que aqui eu estava feliz. Você precisa estar onde você é feliz, então estava feliz aqui e quis ficar. Eu não mudaria nada do que fiz no começo do ano”, falou.

VAI FICAR?

“Meu contrato com o Athletico-PR vai até o fim do ano, então ficarei livre. E nós estamos muito bem nas conversas [com o Remo], vem muitas coisas boas aí, tenho vontade de ficar aqui [no Remo], sempre falei que o meu desejo é permanecer, desde que cheguei aqui comentei para todos, falei com o Papellin também”, finalizou.

CORINGA

O jogador sempre foi um “faz tudo” em campo e atuou em diversas posições pelo time do Remo. Ele falou da sua facilidade em entender o jogo e disse para o goleiro Marcelo Ragel se preocupar, que se for preciso, assume também o gol azulino

“Não gostaria de atuar, mas ainda não joguei no gol ainda. Graças a Deus não precisou, ninguém foi expulso e isso está de boa. Mas se precisar... (risos). Isso é uma versatilidade minha, tenho facilidade de jogar em qualquer posição, mas estou feliz e onde o treinador me colocar vou atuar, vou dar o meu melhor, sempre buscando o melhor da equipe, como foi contra o São Bernardo-SP, pude dar um passe para o Ytalo”, falou.

QUAL TÉCNICO FOI MAIS IMPORTANTE?

Na temporada o Remo teve três comandantes, o primeiro sendo Ricardo Catalá, em seguida o paraguaio Gustavo Moríngo e por último Rodrigo Santana. Para Jaderson, o técnico Catalá foi o mais importante nesse processo em que esteve no Remo e falou seus motivos de ter escolhido o ex-comandante azulino.

“O treinador mais marcante foi o cara que me trouxe pra cá [Ricardo Catalá]. Foi i que acreditou em mim, que me colocou desde os primeiros jogos na posição que mais atuei na temporada que foi de volante. O cara mais marcante foi o que me ajudou, mas todos que passaram aprendi alguma coisa, todos deixaram o seu legado, mas o que mais marcou foi o que me trouxe foi o Catalá, que acreditou em mim, ele e seu auxiliar, que desde que me ligaram nas férias, perguntaram se eu acreditava no projeto e foram marcantes na minha carreira”, disse.

COMANDANTE ATUAL

“Rodrigo Santana foi um cara muito importante nessa reta final pra nós. Desde que chegou fez com que a gente acreditasse em nós mesmos, no nosso potencial. Ele acreditou nos jogadores que estavam aqui e ele sabia que poderia entregar algo a mais, mas não estavam entregando e ele deu apoio para todos”, comentou.

VEJA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA

JADERSON EM OUTRA VERSÃO

“Todo mundo sabe que sou muito tímido. É muito difícil eu ser falante, ser resenha, sou um cara na minha, fechado, até no dia a dia os caras [companheiros] pensam que sou ‘perna’, ser muito ‘mala’, mas esse é o meu jeito de ser, quieto e na minha. Sou também meio bipolar às vezes, tem dias que falo com todo mundo outros não falo com ninguém e aquele momento [no trio elétrico] foi um momento feliz, conseguimos isso, me distrair e foi natural”, comentou.

FESTA NA DOCA

“Nunca tinha vivido isso na minha vida [a festa do acesso]. A última vez que tive isso foi quando fui campeão da Copa Sul-Americana [com o Athletico-PR] em 2021. Mas o torcedor do remo mereceu e no estádio todos estão ali, mas e quem não tem ingresso? Então esse momento foi para aqueles torcedores que são apaixonados pelo clube, que não puderam ver nós jogadores e tiveram esse privilégio”, disse.

RESENHA

“Os bastidores e tudo foram momentos de alívio pra nós. Nosso vestiário sempre foi descontraído, sempre fechado, unido, ninguém saiu do lugar e fomos unidos e temos um grupo muito bom e isso fez o ambiente feliz, sendo na Doca, onde fomos comemorar, no campo, que foi maravilhoso. Todos acreditaram na gente, o torcedor e na Doca não tem o que falar”, relembrou.

PENTEADO

"Sou um cara que sempre pintei o cabelo. Chegava final do ano pintava o cabelo aí cheguei aqui com o cabelo branco e fui deixando, sempre pintando. Foi o primeiro ano que deixei o cabelo pintado foi esse, foi superstição", finalizou.

Remo