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Técnico do Remo na queda da Série B, Felipe Conceição revela embate nos bastidores: 'Fugiu da mão'

Apesar disso, treinador destacou a força da torcida do Leão Azul e disse que ainda possui simpatia pelo clube.

Aila Beatriz Inete
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Em 2021, o Remo disputou a Série B do Campeonato Brasileiro e, com uma campanha irregular, quase ficou na Segundona, mas, no final, foi rebaixado por um ponto. Felipe Conceição foi o treinador que acompanhou o Leão Azul durante boa parte da disputa e deixou o clube faltando três jogos para o fim da competição. Em entrevista para o Charla Podcast, o técnico revelou os motivos que fizeram o time azulino cair de rendimento e ser rebaixado para a Terceirona. 

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"Fugiu da mão. É aquilo que falei em questão de vida que não faz parte da sua esfera e você não tem o controle, o Remo, foi isso", comentou Felipe. O técnico afirmou que a equipe tinha tudo para se manter na Série B, no entanto, divergências nos bastidores do clube impactaram diretamente no desempenho em campo. 

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"Cai na conta do treinador, mas é o treinador que tirou o Remo de último, fez 30 pontos em um turno, botou o Remo em oitavo, um time que não jogava a série B há muito tempo. É por isso que esse torcedor tem essa cicatriz e eu tenho essa mesma cicatriz que ele porque a gente tinha tudo para a manutenção na divisão e houve ações e atitudes dentro do clube que prejudicaram a nossa caminhada e, realmente, refletiu muito em campo e aí você perde o controle", revelou o treinador. 

Felipe fez 26 jogos com o Leão Azul na Série B. Destes, foram 10 vitórias, quatro empates e 12 derrotas. Sob o comando do treinador, o time conseguiu reagir na competição no primeiro turno. Contudo, a segunda etapa do campeonato não foi boa, justamente por conta dos problemas internos. Na reta final, após vencer o Cruzeiro por 3 a 1 fora de casa, na 32ª rodada, a equipe paraense precisava de apenas uma vitória para se manter na Segunda Divisão. 

Mas, o cenário foi outro. O Remo perdeu as duas partidas seguintes e Conceição foi demitido. Eduardo Baptista chegou ao clube para vencer o jogo de que precisava. No entanto, o time empatou dois e perdeu um e foi rebaixado. 

"O que eu posso falar para o torcedor é que eu nunca deixei de trabalhar. Você pega os 19 jogos, que é um turno dentro da série B, a gente fez 30 pontos, se você pegar os times de acesso, eles fazem 61, eu fiz campanha em um turno de Remo de líder. Depois dessa campanha, houve algumas situações e eu perdi realmente o controle do time. Tiveram lesões porque as viagens eram longas e o elenco era um elenco limitado. Teve isso, mas teve outras coisas no contexto do clube que prejudicaram mais", apontou Felipe. 

"A gente não era para cair [sic]. Eu saio faltando três jogos e a gente só precisava ganhar um para ficar. E com certeza, quando tiraram, acharam que iam ficar. Mas a fritura foi de 10 jogos antes. O que funcionava já não funciona mais, não era bom, e matéria depreciativa todo dia, e coisas dentro do clube também puxando para baixo, que você não controla. Eu não tenho controle de imprensa", completou o treinador. 

Apesar do desgaste final com o time, Felipe Conceição ressaltou a sua simpatia pelo clube azulino. O técnico falou sobre a torcida azulina, que segundo ele, foi a maior que ele viu na Segunda Divisão. O ex-comandante do Leão Azul afirmou que torce para que a equipe consiga retornar à Série B. 

"Remo é um potencial de clube absurdo, torço para que ele volte para a Série B porque a torcida é impressionante. Na série B, foi a maior que eu já vi. Impressionante. Porque eu peguei período de pandemia e o retorno no Remo, quando a gente volta, lembro que teve um jogo contra o Náutico, o time do Hélio [dos Anjos] muito forte e a gente ganhou de 1 a 0 com o Baenão lotado, entupido de gente, uma coisa tão bonita. Torcedor do Remo é um absurdo. É um povo humilde, a maioria ali pega o pouco que tem para ir ver o clube. Lá foi uma das experiências diferentes que tive na minha carreira de treinador. Tenho muita identificação com Remo, muito mesmo e torço muito", finalizou.

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