Eliminado na Série C, Remo quase dobra arrecadação e fatura mais de R$ 10,8 milhões em 2023
Números são do levantamento feito pelo Núcleo de Esportes de O Liberal, que levou em consideração receitas de premiação, bilheteria e naming rights. Apesar da quantia, Leão não conseguiu montar um time competitivo para a temporada.
O Remo foi novamente eliminado na primeira fase da Série C do Brasileirão, mas obteve uma arrecadação recorde na temporada. Segundo levantamento feito pelo Núcleo de Esportes de O Liberal, o Leão faturou mais de R$ 10,8 milhões em 2023. Os valores correspondem a receitas de premiação, bilheteria e naming rights.
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Apesar do valor registrado chamar a atenção, a arrecadação remista ainda pode ter sido muito maior. O levantamento não contabilizou valores obtidos por meio do plano de sócio-torcedor, venda de títulos (remido e proprietário) e patrocínios, que estampam as campanhas publicitárias do clube e as camisas de jogo. As quantias referentes a essas fontes de renda não estão disponibilizadas no site do Leão.
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Apesar do vultoso montante, o Remo não conseguiu montar um time competitivo para a temporada. A equipe colecionou fracassos em competições de todos os níveis - estadual, regional e nacional.
Dessa forma, o Leão terminará o ano de 2023 sem títulos - algo que não ocorre há três temporadas - colecionando o vice-campeonato paraense, além de eliminações na Copa do Brasil e Copa Verde. O clube, também, teve campanha medíocre na Série C do Brasileirão, brigando contra o rebaixamento até a penúltima rodada.
Veja o desempenho esportivo do Remo em 2023
- Campeonato Paraense: vice-campeão (perdeu a final para o Águia de Marabá)
- Copa do Brasil: eliminado na terceira fase (derrotado pelo Corinthians)
- Copa Verde: eliminado nas semifinais (derrota para o Paysandu)
- Série C: 14ª colocado (falta uma rodada para o fim do torneio)
Comparativo com 2022
Em relação ao arrecadado na última temporada, o faturamento azulino aumentou em 92%. No ano passado, o Núcleo de Esportes de O Liberal também fez um levantamento da receita remista - excluindo títulos de sócio e patrocínios - e chegou ao montante de R$ 5,6 milhões. Em 2023, o Leão recebeu, pelo menos, R$ 5,2 milhões a mais que em 2022.
Mesmo com faturamento bem menor, o time da última temporada ainda teve desempenho esportivo melhor do que o deste ano. Em 2022, o Remo conseguiu conquistar o título paraense em cima do maior rival, o Paysandu, e brigou até a última rodada da primeira fase pela classificação aos quadrangulares da Série C.
Folha salarial
De acordo com o presidente do Remo, Fabio Bentes, a folha salarial do futebol do Remo gira em torno de R$ 1 milhão. A informação foi divulgada em uma entrevista coletiva concedida em julho deste ano.
Portanto, segundo o levantamento, a arrecadação remista - que é de, pelo menos, R$ 10,8 milhões - quitaria a folha salarial do clube até o final do mês de setembro. Vale destacar, porém, que o Remo encerrará as atividades do time profissional no final de agosto.
Bilheteria
Dos R$ 10,8 milhões arrecadados pelo Leão, a renda de bilheteria representa 43% do montante. Já deduzindo os impostos e os gastos obrigatórios para a organização de uma partida, o Remo recebeu pouco mais de R$ 4,6 milhões na venda de ingressos para jogos.
O maior faturamento azulino no ano ocorreu na partida contra o Corinthians, pela terceira fase da Copa do Brasil. Naquele dia, o Leão teve lucro de mais de R$ 2,2 milhões. No entanto, o valor é bem superior à média de arrecadação líquida do Remo na temporada, que é de R$ 202 mil.
A receita de bilheteria, no entanto, poderá aumentar ainda mais. Neste sábado (26), às 16h, o Remo fará o último jogo da temporada, diante do Confiança-SE, no Baenão. A partida será válida pela rodada final da primeira fase da Série C.
Premiação e cotas
Assim como a bilheteria, os valores arrecadados pelo Remo em premiação e cotas de participação representam 43% do total. Nesta temporada, o Leão recebeu R$ 114 mil pelo vice-campeonato paraense e R$ 3,750 milhões pela participação na Copa do Brasil, a competição mais rentável do país.
Além disso, o Leão faturou cerca de R$ 800 mil da CBF como "aporte financeiro" para a disputa da Série C do Brasileirão. Segundo a entidade, o valor foi distribuído para todos os times participantes da primeira fase do torneio. Caso avançasse aos quadrangulares, o Time de Periçá poderia ter arrecadado ainda mais.
Naming Rights
Entre os patrocínios recebidos pelo Remo na temporada, o único contabilizado pelo levantamento de O Liberal foi o acordo feito com o Banpará. O banco estadual é o patrocinador máster do Leão e tem um acordo de naming rights do estádio Baenão.
O acordo firmado neste ano estipula o pagamento de R$ 1,5 milhão para Remo e Paysandu, em troca do direito de nomear seus respectivos estádios como Banpará Baenão e Banpará Curuzu até o ano de 2024.
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