Após vitória do Remo, Catalá fala sobre pressão vivida nos últimos dias: ‘Ninguém é 100% sempre’
Leão venceu o Águia pelo Parazão e aliviou pressão criada após eliminação na primeira fase da Copa do Brasil.
O desempenho do Remo na vitória sobre o Águia de Marabá, neste domingo (25), pelo Campeonato Paraense, foi aprovado pelo técnico azulino, Ricardo Catalá. Em entrevista coletiva concedida no estádio Baenão, logo após ao jogo, o treinador azulino disse que o espírito de competitividade dos jogadores durante o jogo foi determinante para o resultado positivo do Leão.
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"Controlamos o jogo todo em todos os aspectos. Sabíamos que o primeiro tempo não teria tanta 'lucidez', porque cobramos muito os jogadores por uma postura diferente. Eles sabem que isso é algo inegociável, não só para vestir a camisa do Remo como para trabalhar comigo", define o comandante azulino.
"Mesmo sendo um jogo nervoso, conseguimos finalizar bastante. Acho que fizemos um jogo bom, equilibrado e, à medida que vamos caminhando, vamos ajustando a equipe. Saio daqui feliz pela forma como os jogadores representaram o Remo", avalia Catalá.
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O Leão chegou para o duelo contra o Águia bastante pressionado. Depois da eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, a torcida azulina passou a pressionar os jogadores e a comissão técnica, cobrando melhor desempenho dentro de campo. Catalá, inclusive, chegou a "balançar" no cargo, mas foi mantido pela diretoria.
Alguns torcedores até chegaram a fazer protestos no Baenão. Várias faixas com os dizeres “Elenco de milhões e futebol de centavos”, “Fora Catalá” e “Queremos raça e não barca” foram espalhadas pelo estádio. Sobre as críticas, o treinador remista disse que encara o fato com naturalidade e que tenta blindar os jogadores publicamente.
"As cobranças são feitas no vestiário. Eu não vou vir aqui em entrevista falar de jogador, contar historinha para me proteger. Aqui todos somos responsáveis pelas coisas positivas e negativas que ocorrem no clube, sendo eu o mais responsável e depois os jogadores. Seria muito fácil para mim jogar os jogadores na cova dos leões, mas entendo que eles não vão estar 100% todo dia. Ninguém está 100% todo dia. Se um jogador vai mal num jogo e eu tiro ele do time, a confiança desse atleta vai embora. Assim crio um elenco burocrático, o que eu não quero. Quero jogadores com coragem, acima de tudo", explica o técnico.
Joia da base
O volante Henrique, de 22 anos, revelado nas categorias de base do Remo, foi peça importante na vitória azulina sobre o Águia. Ele fez o segundo gol remista na partida e ainda foi eleito o melhor da partida. O atleta também recebeu elogios de Catalá, que afirmou que o jogador pode se igualar a grandes ídolos azulinos no futuro.
"Quando eu disse que ano passado os jovens teriam mais espaço no time, eu falava do que aconteceu hoje. Esse dia é emblemático no nosso trabalho e na carreira do Henrique. Isso mostra o quanto temos trabalhado todo o dia para desenvolver o potencial dele. Quem sabe ele pode se tornar um ídolo, como o Agnaldo (Seu Boneco), um ídolo de verdade, que faz trabalhos incríveis com jovens jogadores e está conosco até hoje, trabalhando no clube. O Henrique é um grande valor, um jovem que ama essa torcida e conhece os valores da instituição", afirma.
Parazão
O Remo volta a campo pelo Campeonato Paraense nesta quarta-feira (28), contra o São Francisco, em jogo atrasado da sexta rodada do torneio. A partida, que começa às 20h e será realizada no estádio Baenão, terá transmissão Lance a Lance pelo OLiberal.com.
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