Presidente da CBF diz que paralisação do Brasileirão foi 'democracia'
Ednaldo Rodrigues destacou que a decisão foi tomada porque a maioria dos clubes concordou com a pausa, mas que não pretende estender o campeonato
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) paralisou o Campeonato Brasileiro Série A por duas rodadas por conta da tragédia que assola o Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada após a solicitação expressa de 15 dos 20 clubes participantes da Primeira Divisão. Em entrevista para o GE nacional, o presidente da entidade disse que a paralisação foi por "democracia".
"É a democracia. Temos que trabalhar ouvindo todos os clubes, todas as federações estaduais. Agora, neste contexto, a CBF vai fazer uma engenharia criteriosa para que possamos amenizar a sobrecarga de jogos para os clubes", afirmou o presidente da CBF.
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Ednaldo já tinha manifestado preocupação com a possibilidade de paralisar a competição, já que uma pausa longa poderia impactar muito no calendário nacional. O dirigente afirmou que é difícil fazer previsões de como ficará a organização mais para frente.
"Vamos fazer tudo o que for possível para não trazer nenhuma consequência maior para os clubes. O objetivo é que tenham rendimento técnico para representar bem nosso país nas competições internacionais", apontou.
Ainda na entrevista, Ednaldo, que está em Bangkok, na Tailândia, em um congresso da FIFA, destacou que a CBF não pretende entender o Brasileirão. O campeonato está marcado para terminar dia 8 de dezembro e a entidade não quer estourar esse prazo para não afetar a temporada seguinte.
"Não pensamos em estourar. O objetivo é terminar o calendário em 2024. Se não, impacta ainda mais no calendário de 2025, que já está bastante cheio", declarou o presidente da CBF.
Por conta das fortes chuvas e enchentes do RS, clubes gaúchos foram afetados e tiveram os centros de treinamentos invadidos pela água e ficaram impossibilitados de treinar. Além disso, para alguns times, não há clima para jogar enquanto o estado está sofrendo com a crise climática.
Assim, a CBF atendeu o pedido da federação gaúcha e suspendeu os jogos de clubes como Internacional, Juventude e Grêmio. Até então, a suspensão seria até o dia 27 de maio. Mas, com a nova decisão, se não houver alterações, o Brasileirão só retorna no dia 1º de junho, com a 9º rodada.
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