Vice do Paysandu justifica escolha por atletas do exterior: 'É para fugir da briga de mercado'

Segundo Roger Aguilera, o Papão deve optar por alguns atletas que estão em ligas estrangeiras como forma de driblar a concorrência

Luiz Guilherme Ramos
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O vice-presidente de gestão do Paysandu, Roger Aguilera, conversou com o Núcleo de Esportes de O Liberal durante o lançamento do uniforme de 2024, na última quinta-feira. Entre outros assuntos, o dirigente destacou o momento positivo que a instituição vive, saindo de um início tenebroso para um desfecho apoteótico. 

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"Na verdade, esse ano foi muito duro, de muitas batalhas. E chegar neste momento com o acesso, com a entrega do CT, só temos a agradecer. O Paysandu é de todos, uma instituição gigantesca onde todos fazem parte. E esse é um momento ímpar do clube, o torcedor está com a autoestima elevada", justifica. 

A coroação da temporada veio em forma de acesso, com a ida bicolor à Série B, onde terá pela frente ninguém menos que o Santos, rebaixado pela primeira vez na história. "[O Santos] Só enaltece a competição. Pegar uma equipe que tem o maior jogador de todos os tempos. Será uma competição diferente por esse aspecto. Cada ano que passa, a Série B fica mais difícil, assim como a Série A", avalia Aguilera. 

Em relação às contratações, o vice confirmou que o clube vem negociando com cerca de 15 atletas e à medida em que os contratos forem fechados, os nomes devem ser imediatamente anunciados à torcida. Uma característica que vem sendo repetida é a contratação de atletas que jogam no futebol estrangeiro, como parte da estratégia para fugir do mercado nacional, que possui concorrência das equipes, muitas delas com poder aquisitivo superior ao Papão. 

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"A diferença desses atletas é apenas a adaptação. Em termos de língua não tem problema. É mais a região, uma mais quente, outra mais fria. São atletas que a gente monitora. O nosso lateral-esquerdo que vem de seis anos no CSKA, um time gigante da Bulgária", explica, fazendo referência a Geferson, recém-anunciado. 

Outro nome de fora que caiu nas graças da direção bicolor foi do zagueiro Lucas Maia, que defendia do Puebla-MEX. Antes, ele passou pela base do Grêmio-RS e posteriormente transferiu-se para o México, onde defendeu o Cafetaleros de Chiapas, Cancún e Puebla, clube onde atua há três anos e meio. No Brasil, o atleta passou por Resende-RJ e São José-RS, além de acumular passagens pelo futebol europeu, no Vejle-DIN e Birkirkara-MAL. 

"É esse tipo de mercado que a nossa análise tem que ir, pra gente fugir de uma briga de mercado. Apostamos no Lucas Maia, que estava em um time da primeira divisão do México, o Geferson, que vem da Bulgária. Enfim, eu acho que a análise de mercado é essa. É trazer atletas que tem mercado e ninguém tá olhando", encerra. 

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