Há 22 anos, Paysandu iniciava campanha do título da Série B; ídolo relembra bastidores da conquista
Paysandu iniciou a caminhada do seu segundo título da Série B com o gol do ídolo Vandick Lima, que relembrou bastidores e curiosidades da conquista bicolor
O Paysandu possui no currículo dois títulos da Série B do Brasileirão em sai história, o primeiro conquistado em 1991 e o segundo em 2001. Neste sábado (12), há exatos 22 anos, o Papão deu início à caminhada vitoriosa de 2001, onde ficou marcada pela campanha espetacular da equipe, o pulso forte do técnico Givanildo Oliveira e pela estrela de Vandick, artilheiro e “talismã” do time, principalmente na reta decisiva.
No dia 12 de agosto de 2001, o Paysandu fez a sua estreia na Série B. O jogo foi fora de casa, em Manaus (AM), diante do São Raimundo-AM, que terminou empatado em 1 a 1, com o gol do papão sendo marcado pelo atacante Vandick, que teve um início de carreira abaixo do esperado, com desconfiança da torcida e receio de dispensa do próprio atleta, que teve sua permanência bancada pelo técnico Givanildo Oliveira. Em conversa com a equipe de O Liberal, Vandick relembrou momentos vividos com a camisa do Papão naquela temporada e citou gratidão ao treinador mais vitorioso da história do Paysandu.
“Meu início no clube fiz um gol e também a jogada do segundo, se eu não me engano contra o São Raimundo de Santarém, mas esse foi o único gol que marquei no Paraense de 2001. Ao final do Parazão, mesmo campeão, eu achava que seria dispensado, mas o professor Givanildo ‘me segurou’ e graças a Deus eu consegui dar a volta por cima e retribuir a confiança que ele depositou em mim”, disse.
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O ex-jogador e que atualmente trabalha no Paysandu e que já exerceu o cargo de presidente do clube, falou da importância de como a competição foi conduzida pelo clube, elenco e comissão técnica e relembrou seus feitos na Segundona.
“A Série B de 2001 foi muito importante. Fui o artilheiro da equipe com 14 gols, oito deles só no quadrangular final, sem contar no título, acesso à Série A. Foi uma campanha incrível. O Paysandu em casa ganhou quase que todos os jogos e fora perdeu poucos. Em Belém todas as partidas foram de casa cheia. Acredito que aquele título ficou nas mãos da melhor equipe, que fez a melhor campanha, que todos os jogos com o torcedor acreditando e podemos comemorar o título da Série B e colocar o Paysandu na Série A”, falou.
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Vandick fez questão de citar a importância da torcida nessa conquista. Para o ex-jogador, um gesto dos torcedores, após uma derrota de virada para o Caxias-RS, mexeu com o elenco e deu força para que a equipe pudesse “virar a página” e ir para a última partida ciente do que tinham que fazer.
“No penúltimo jogo do quadrangular a atitude da torcida marcou muito. Estávamos ganhando do Caxias por 3 a 0 e sofremos a virada por 4 a 3. No nosso retorno a Belém, achávamos que teria uma pressão, mas para a nossa surpresa, o aeroporto estava cheio e os torcedores estavam lá para incentivar e nos levaram até o hotel em que costumávamos concentrar. Tenho certeza que essa atitude da torcida do Paysandu foi fundamental para que no jogo seguinte, contra o Avaí-SC, na Curuzu, conseguíssemos aquela goleada por 4 a 0 e a conquista do título. Esse fato, essa atitude da torcida marcou muito os jogadores. De ir apoiar, incentivar, sem cobrança, marcou para todos. Sempre que os ex-jogadores se encontram, comentamos esse episódio”, finalizou.
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O Paysandu conquistou o bicampeonato da Série B com uma campanha com poucas derrotas. Em 2001, o Papão disputou 34 jogos no Brasileiro, somou 59 pontos no total, com 14 vitórias, 16 empates e quatro derrotas. Vandick foi o artilheiro do time na competição com 14 gols, seguido por Albertinho (11 gols) e de Zé Augusto com 9.
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