Ex-presidente do Paysandu defende compra de terreno onde está sendo construído CT do clube
Entrevistado no programa Abre o Jogo, o ex-dirigente, Alberto Maia, rebateu críticas que recebeu sobre o terreno do CT, que foi adquirido durante sua gestão
O ex-presidente do Paysandu, Alberto Maia, foi o entrevistado do programa Abre o Jogo, e falou sobre diversos momentos da sua gestão no clube bicolor, entre os anos de 2015 e 2016. Um dos assuntos abordados foi o polêmico Centro de Treinamento do time, cujo terreno foi comprado durante a gestão de Maia e recebeu muitas críticas.
Sobre o processo de aquisição do terreno, Maia explicou que foram feitas pesquisas em diversos locais, todos acompanhados de especialistas. O espaço adquirido, que fica no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, por ser um local de difícil construção, chegou a ser chamado de “pântano” pelo opositor, e também ex-presidente do clube, Luiz Omar Pinheiro.
“Quando aquela área do CT foi comprada, nós estávamos vendo várias áreas aqui em Belém, e sobre todas elas a gente sempre entrava em contato com o Tony Couceiro, que é engenheiro, e o Leonardo Maia, que era diretor de obras, e sempre tinha que ter o aval deles. Eu não entendo de construção, não entendo de terreno, e essa área onde é hoje o CT, ela teve o aval deles. Se você olhar as fotos da época, eu até tenho na revista do Paysandu do final da minha gestão, que mostra todas as obras da diretoria, todo esse pessoal, alguns que hoje até falam mal da área do CT, estavam lá, olhando a planta, de capacete, tirando foto”, disse o ex-dirigente do clube bicolor.
O pórtico do CT, a primeira obra a ficar pronta no local, segundo Alberto Maia, contou com ajuda financeira de Raul Aguilera, que dá o nome ao espaço bicolor, para ser construído. “A família Aguilera ajudou muito nossa gestão. Eu marquei uma reunião com eles, e fui com a diretoria agradecer e dizer que lamentavelmente não haveria tempo hábil e condições de fazermos o pórtico do CT. Lá na hora, o Raul Aguilera perguntou ‘quanto custa o pórtico?’, e nós levamos, porque eu sempre pensei de forma imponente no Paysandu. Não se pode pensar pequeno para um clube grande. E aí o Leonardo Maia levou uma planta, o Aguilera gostou, era um negócio muito imponente, perguntou quanto custaria e falou que daria X reais para levantar o pórtico, e perguntou ‘Maia consegue o restante?’, eu disse que a gente vai conseguir”, contou.
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O terreno do CT, de aproximadamente 115 metros quadrados, custou cerca de R$1,5 milhão ao clube. Segundo Maia, o custo foi pensando no futuro do clube e na Rodovia Liberdade, que caso construída, passaria ao lado do terreno.
“Um milhão, num terreno daquele, tá super barato. Sabe por que? Porque o dia em que a Liberdade sair, ela vai passar do lado do CT do Paysandu, e esse terreno de um milhão e meio, vai passar a custar dez milhões. Para ir da Curuzu até o CT para treinar vai tirar de 10 a 15 minutos. Já imaginou o que é sair do seu estádio para o CT nesse tempo, dentro da cidade? É um negócio fantástico”, explicou.
De acordo com Alberto Maia, a gestão dele pensava em grandes feitos para o time, o Centro de Treinamento, era apenas um deles. “Eu não comprei (o terreno) por comprar. Primeiro, eu barganhei muito para isso; segundo, compramos no ano de 2016, e lamentavelmente não deu tempo de a gente fazer um campo, porque o pórtico do CT ficou pronto no último dia do ano, em que nós inauguramos e o projeto foi cumprido. Nossa diretoria pensava grande para o clube. [...] Olhávamos para a instituição Paysandu”, declarou.
Para o ex-dirigente, os fatores que impediram as obras de sua gestão continuarem, refletem no clube até os dias atuais. “Nós tínhamos de fazer do Paysandu um clube grande, estruturado e organizado. Mas isso acabou quando eu tomei conhecimento que uma determinada pessoa havia pedido para não liberarem o dinheiro para fazer o pórtico, para deixar para o próximo presidente. Depois que eu soube disso, tive certeza absoluta que o trabalho que se começou não iria terminar. E isso se reflete hoje. A marca Lobo, que era do Paysandu, não é mais, na área do CT, desde 2016, não se fez um campo. O hotel, acho que só não derrubam porque não pode. A impressão que me dá, é que a ideia é acabar com tudo que aquela diretoria deixou. A minha visão é hoje, que não fazem nada no CT porque foi a gestão da diretoria 2015/16, que fez”, finalizou sobre o assunto.
O CT atualmente
Atualmente, o CT do Papão está penhorado, mesmo com obras em continuidade, por conta de uma ação na justiça por não pagamento de dívidas contraídas pelo ex-diretor de futebol do clube, Antônio Louro. De acordo com decisão judicial, o imóvel está avaliado em R$1,4 milhão.
O projeto prevê cinco campos de futebol no local, campo destinado ao treinamento de goleiros, hotel com auditório, refeitório, academia, piscina, departamento de saúde e um prédio administrativo.
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