Em resposta à crítica de Luiz Omar, Alberto Maia cita CT do Carajás: 'Uma vacaria'
A reação do ex-presidente bicolor esquenta o assunto em torno da doação e utilização dos famigerados Centros de Treinamentos, sonhos dos grandes clubes do estado
As recentes declarações do ex-presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, sobre o estado em que se encontra o terreno adquirido por meio de doação ao clube, em 2016, não agradaram outro ex-dirigente bicolor. Alguns dias após Luiz Omar ter chamado o CT bicolor de "pântano", Alberto Maia reagiu à entrevista e disse que a classificação é leviana, equivalente a chamar o CT do Carajás (antiga propriedade de Omar) de "uma vacaria".
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Na última sexta-feira (18), Luiz Omar concedeu entrevista ao programa "Abre o jogo", do portal Oliberal.com e falou sobre vários assuntos ligados ao clube, bem como as recentes negociações que deram à dupla Re-Pa a chance de investir na era dos Centros de Treinamento. O primeiro grande clube paraense que adquiriu um espaço para a construção de CT foi o Paysandu, na gestão do advogado Alberto Maia, em junho de 2016. Porém, até hoje, quase sete anos depois, nada foi erguido e o local continua com parte da vegetação nativa.
Foi aí que a língua afiada do ex-presidente deu o ar da graça. Conhecido pela sinceridade excessiva, quase folclórica, Luiz Omar disse que o CT bicolor não passava de uma uma planície inundada e que havia oferecido ao clube a área de sua propriedade em Outeiro. “O Paysandu teve três chances para ter o CT do Carajás. Uma comissão do Paysandu chegou a ir visitar o CT com o Lindomar [irmão de LOP], olharam, não deram retorno e compraram um ‘pântano’, pois aquilo lá [local do CT do Papão] é um pântano".
Dada a falta de interesse do clube presidido por ele, o negócio foi fechado com o Remo, o maior rival que não só comprou a área do Carajás, como está investindo no aparelhamento do local e segue perto de quitar o valor acordado entre as partes. Foi aí que Alberto Maia resolveu entrar no assunto, apresentando a sua versão sobre os fatos ligados a um espaço destinado à construção do centro de treinamento do Papão.
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"Em relação à declaração de Luiz Omar ao afirmar que ofereceu para o Paysandu o CT do Carajás, ressalto que o mesmo está equivocado, pois, na nossa gestão 2015/16 não nos foi oferecido", disse Maia, em sua conta no Twitter. O também ex-presidente é muito ativo nas redes sociais e costuma opinar sobre o clube, bem como sobre as realizações de sua gestão à frente do Paysandu. Maia sucedeu Vandick Lima (2013/14), o presidente que implantou um novo modelo político na administração bicolor, seguido por Sérgio Serra (2017), Tony Couceiro (2017/18) e Ricardo Gluck Paul (2019/20).
Maia disse, ainda, que o termo "pântano" não reflete a realidade, estabelendo uma comparação com o CT do Remo, localizado na estrada do Outeiro e vendido por ele ao clube azulino. "Quanto à área do CT do Paysandu, de 105 mil metros quadrados, ressalto que se encontra na área metropolitana de Belém, e classificá-la de pântano é o mesmo que afirmar que o CT do Carajás era uma vacaria pela localização e distância de Belém", rebateu. O termo "vacaria" designa os antigos estábulos que comercializavam leite de vaca e derivados do leite, muito comum até a segunda metade do século XX, na provinciana capital paraense.
A área adquirida pelo presidente azulino Fábio Bentes tem 98 mil metros quadrados, menor, portanto, que a estrutura bicolor, também localizada na Grande Belém. Por fim, Maia declarou que, na condição de ex-presidente do Paysandu não faria negócios com o Clube do Remo, no que Luiz Omar não viu problema e justificou afirmando tratar-se de "negócios". "E pra finalizar, como ex-presidente do Paysandu EU jamais venderia para o nosso maior rival", finalizou.
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