David Coutinho exalta a payxão pelo Paysandu repassada pelo DNA bicolor
David Coutinho, 32 anos, Estudante de Publicidade e Propaganda
Na minha infância sempre observava meu pai, que era apaixonado por futebol. Ele sempre estava com seu radinho de pilha na mão, escutando os jogos do Paysandu. Eu via a emoção que sentia a cada jogada, a cada lance e também nas decepções de quando o time adversário fazia um gol.
Esse sentimento passou de forma espontânea, me marcando como uma lembrança boa do meu pai, que sofreu um acidente vascular cerebral e ficou com sequelas irreversíveis, impossibilitando ele de andar e enxergar.
Mas a paixão era tão grande que ele continuava acompanhando pelo seu radinho, que lhe proporcionou muitas alegrias. Desde então, comecei a acompanhar o Paysandu Sport Club. No início, eu também ouvia pelo rádio, por não ter condições de ir ao estádio.
Apenas tempos depois, já adulto, tive a primeira experiência de ver meu time de coração de perto. Foi algo inexplicável, apesar de que o Papão não estava em uma divisão digna de um time tão grande como é.
Mesmo assim decidi ir ao jogo. Logo quando cheguei fui contagiado ao ver toda aquela torcida cantando no Mangueirão lotado, incentivando o time para mais uma vitória. Foi algo marcante para um torcedor que só conhecia o clube pelo rádio e pela televisão.
Por um exemplo na minha família, de amor ao time sem nunca o ter visto, pela emoção de uma torcida apaixonada e por ser o maior do norte, sou Paysandu de coração e de geração em geração.
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