Análise: veja cinco pontos que explicam o início ruim do Remo na Série C de 2024

Cenário que se apresenta ao clube, e ao torcedor, é bem diferente daquele traçado no início da temporada.

Caio Maia
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O Remo enfrenta o Botafogo-PB neste sábado (4) ameaçado. Após duas derrotas seguidas na Série C, o Leão Azul está na última posição da tabela e precisa pontuar para não conviver com o fantasma do rebaixamento até o final do ano. O cenário que se apresenta ao clube, e ao torcedor, é bem diferente daquele traçado no início da temporada.

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O ano de 2024 começou para o Remo com uma nova gestão. Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, venceu as eleições do clube e prometeu trazer melhorias drásticas ao futebol. Com as finanças aparentemente saneadas, o dirigente disse que ia reforçar o elenco para lutar, definitivamente, pela volta à Série B. No entanto, isso não ocorreu.

O Leão patina deste o início da temporada. No primeiro semestre, nenhum dos objetivos do clube foram alcançados. Somado a isso, uma troca não programada na comissão técnica prejudicou o planejamento para o resto do ano.

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O Núcleo de Esporte de O Liberal elegeu cinco pontos que expliquem a derrocada do Remo na temporada. Confira:

Contratações que não renderam

image Atacante Ytalo é a principal referência do ataque do Remo (Thiago Gomes / O Liberal)

O Remo tinha no elenco a maior segurança para a sequência da temporada. Para a formação do plantel, a diretoria azulina investiu pesado, em jogadores que disputaram a Série B na temporada passada. Chegaram ao elenco nomes pesados, como Camilo, Ytalo, Marco Antônio e Marcelo Rangel. Alguns deles, inclusive, com salários que chegavam aos seis dígitos.

No entanto, as grandes apostas azulinas não vingaram. Camilo pouco encantou e logo foi dispensado. Ytalo segue no elenco, mas marcou poucos gols. Mesma coisa pode-se dizer de Marco Antônio, que flutua entre os times titular e reserva.

Ataque improdutivo

image Ribamar é marcado pela torcida pelos gols perdidos (Thiago Gomes / O Liberal)

A última sequência de jogos do Remo deixou nítida uma deficiência ofensiva. A equipe azulina até cria chances em quantidade, mas peca na finalização. Isso, inclusive, foi constatado por um levantamento realizado pelo Núcleo de Esportes de O Liberal. Segundo a plataforma Wyscout, o Leão precisa finalizar nove vezes ao gol adversário para marcar um gol.

Clima ruim após os clássicos

image Briga no Re-Pa da final do Parazão de 2024 (Thiago Gomes/ O Liberal)

Entre os meses de março e abril, o Remo disputou quatro clássicos Re-Pa na sequência. Ao final da quadrilogia, o Leão empatou três partidas, perdeu uma e foi eliminado de duas competições. O rendimento ruim diante do maior rival fez o clima no vestiário ficar pesado para o início da Série C. Quem afirmou isso foi o atacante Kelvin, em entrevista coletiva na última quinta-feira (2).

"A gente tá passando por um momento complicado na competição. Não vencemos nenhum dos clássicos que tiveram em sequência e acredito que isso pesou no clima. Todo mundo sabe do potencial do elenco, sabemos da nossa força. Por isso, acreditamos que, na hora que as vitórias encaixarem, vamos embalar no campeonato e subir na tabela", disse.

Mudanças na escalação

image Morínigo escalou seis times diferentes nos últimos seis jogos (Samara Miranda / Ascom Remo)

Em crise, o Remo ainda não tem uma equipe titular base. Nas últimas seis partidas disputadas pelo Leão, a equipe levou a campo seis escalações diferentes. Algumas delas, inclusive, sofreram drásticas mudanças de um jogo para outro.

Exemplo disso ocorreu diante do Athletic-MG, semana passada, pela Série C. Gustavo Morínigo, técnico da equipe, realizou cinco mudanças em relação ao jogo contra o Volta Redonda-RJ, na rodada inaugural. A derrota para o time carioca, no Baenão, por 2 a 1, ficou ainda pior diante dos mineiros. Fora de casa, o Leão acabou perdendo por 3 a 1.

Crise nos bastidores

image Tonhão foi eleito presidente do Remo no final do ano passado (Cristino Martins / O Liberal)

O clube não tem sido alvo de críticas apenas dentro de campo. Fora dele, a presidência de Antônio Carlos Teixeira tem sido alvo de críticas da torcida. Entre elas está a omissão do comandante em momentos críticos na temporada, como as derrotas nos clássicos e a perda do título paraense.

A condição ficou ainda mais complicada após o presidente azulino falar que o clube teve cotas de premiação bloqueadas pela Justiça. Segundo o mandatário, em 2023, o Remo zerou as dívidas trabalhistas, mas ainda possui débitos de natureza previdenciária e fiscal que precisam ser sanados.

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