Porta-bandeiras do Brasil na abertura das Olimpíadas superaram problemas graves antes dos Jogos
Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann serão os porta-bandeiras do Brasil em Paris
Na abertura das Olimpíadas de Paris, nesta sexta-feira (26), o Brasil será representado por dois conterrâneos nas águas do rio Sena, onde ocorrerá a cerimônia inédita fora dos tradicionais estádios olímpicos. Em um barco com a bandeira verde, amarela, azul e branca, o canoísta Isaquias Queiroz e a capitã da seleção feminina de rugby de sete, Raquel Kochhann, serão os porta-bandeiras da nação brasileira na abertura do evento esportivo mundial, conforme anunciado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta segunda-feira (22).
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Histórias de superação
Ambos os esportistas não permitiram que os problemas do passado interferissem em seus sonhos e hoje são exemplos de superação para o Brasil e para o mundo.
Aos três anos, Isaquias sofreu um acidente em casa e se queimou com água fervente. Foi internado e seu prognóstico não era nada favorável, mas ele conseguiu superar a situação. Outro momento difícil ocorreu quando Queiroz foi levado por uma conhecida de sua mãe, com a intenção de vendê-lo. Na época, a criança tinha cinco anos, e o resgate foi realizado pela genitora com a ajuda de amigos, no mesmo dia.
Já aos 10 anos, Isaquias enfrentou um novo desafio: sofreu uma queda de uma árvore que danificou seu rim esquerdo, que precisou ser removido. Até hoje, o atleta brasileiro precisa estar atento à sua hidratação.
Raquel Kochhann, por sua vez, viveu um drama após o diagnóstico de um câncer de mama há pouco mais de dois anos após ter participado de duas edições dos Jogos Olímpicos, no Rio 2016 e em Tóquio 2020. A capitã das Yaras, então, se afastou do esporte para ser submetida a uma cirurgia de mastectomia, que envolveu a remoção da mama e do tumor. Após o procedimento, ela ainda passou por um extenso tratamento oncológico. Agora, depois de vencer a doença, a brasileira decidiu retornar ao rugby para competir em sua terceira Olimpíada.
O convite para ser porta-bandeira do Brasil ao lado de Isaquias foi uma surpresa para a atleta, pois ela concedia uma entrevista à imprensa quando recebeu a oportunidade.
(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)
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