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Pará é o estado do Norte com mais representantes nas Paralimpíadas de Paris; confira os nomes

Ao todo, são oito paratletas na disputa dos Jogos de Paris; a maioria já conquistou pelo menos uma medalha em disputas paralímpicas

Aila Beatriz Inete
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O Brasil é uma grande potência no esporte paralímpico. De 28 de agosto até o dia 8 de setembro, centenas de paratletas brasileiros vão representar o país nas Paralimpíadas de Paris, na França. A expectativa é que, nesta edição, a delegação mantenha o alto rendimento e ultrapasse a marca de 70 medalhas

Entre os mais dentre os 279 paratletas que vão disputar as Paralimpíadas, oito são paraenses e têm chances reais de subir em pódios. O campeão olímpico em 2012 (Londres) Alan Fonteles e a medalhista de bronze no vôlei sentado Bruna Lima são dois dos nomes que vão representar o Pará na disputa. 

Dentre todos os estados da região Norte, o Pará é o que mais levará representantes para Paris. Amazonas, Rondônia e Acre têm três. Amapá terá um e Roraima e Tocantins não classificaram esportistas. Nas Olimpíadas, o Pará também liderou em número de atletas na região.

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O atletismo é a modalidade com mais paratletas paraenses, três. Nesta edição, a delegação brasileira terá o maior número de mulheres da história, com 116 atletas, assim como foi nos Jogos Olímpicos. Entre os paraenses, a presença feminina é maior, são cinco, enquanto os homens, três. 

O OLiberal preparou um guia dos paraenses que vão disputar os Jogos Paralímpicos de Paris. Confira:

Atletismo  

Alan Fonteles 
Campeão paralímpico dos 100 m rasos em Londres 2012, quando chocou o mundo e superou Oscar Pistorius, Alan Fonteles vai para a quinta disputa de Paraolimpíadas. o velocista é amputado das duas pernas (abaixo do joelho) desde os 21 dias de vida, sua especialidade são as provas de velocidade, sendo dono do recorde mundial nos 100 m (T43): 10,57s e 200 m (T43): 20,66s.

Atualmente, o velocista disputa na categoria T62 e pode correr os 200m e o revezamento 4x100. Além do ouro em Londres, o paraense acumula duas pratas nos 4x100 metros, em Pequim e Rio. Em Tóquio, o paratleta não conseguiu medalhas.

Fernanda Yara

Ouro nos 400m e bronze no revezamento 4x100 do mundial de Para-Atletismo 2023, a velocista Fernanda Yara também é uma forte candidata a voltar com a medalha de Paris. A paraense é natural de Curionópolis, sudoeste do Pará, e disputa na categoria T47. 

Fernanda nasceu com má-formação congênita no braco esquerdo, abaixo do cotovelo. Até 2008, ela competia no atletismo convencional e só depois migrou para o paradesporto. Além do mundial, a paratleta tem pódios nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago e foi ouro nos 400m do Mundial de Kobe 2024. 

Jhulia Karol 

Natural de Terra Santa, Jhulia Karol é uma forte candidata a medalhas. Na categoria T11, a paraense acumula inúmeros pódios, o mais recente foi o bronze no revezamento 4x100 misto no Mundial de Paris em 2023. 

Jhulia perdeu a visão devido a uma meningite que a acometeu quanto ela tinha nove anos. Aos 15 anos, a paraense entrou para o atletismo e nunca mais saiu. Na carreira, além do mundial, ela foi nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, também foi bronze nos 100m rasos nas Paralimpíadas de Londres 2012 e tem outros títulos na coleção. 

image Paraense Jhulia Karol, natural de Terra Santa, vai disputar os Jogos de Paris (Saulo Cruz/EXEMPLUS/CPB)

Natação 

Lucilene Sousa 
Medalha de prata em Tóquio, a paraense Lucilene Sousa vai em busca de mais um pódio para sua coleção. Aos 24 anos, a nadadora tem uma carreira consolidada na modalidade. Em 2023, no Mundial de Manchester, ela foi ouro no revezamento 4x100 medley. No Parapan-Americano de Santigo, ela também saiu com o bronze nos 100m rasos. 

image Paraense conquistou prata nos Jogos de Tóquio (Miriam Jeske/CPB)

Lucilene nasceu com atrofia no nervo ótico, o que provocou a baixa visão. A nadadora paralímpica é irmã do também paratleta Josemarcio, o Parazinho. No início da vida esportiva, o irmão a incentivou a jogar goalball, mas, a partir de 2017, ela migrou para a natação. 

Goalball

Ala da seleção brasileira de goalball, Josemarcio Sousa é campeão paralímpico da modalidade. Em Tóquio (2020), o paraense conquistou o ouro para o Brasil e chega entre os favoritos para subir ao pódio novamente. O esporte entrou na sua vida através do irmão mais velho, que praticava a modalidade. Aos poucos, o paratleta tomou gosto e seguiu na carreira profissional. 

image Josemarcio sendo carregado em nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 (Divulgação / Danilo Borges / Brasil2016.gov.br)

Além do ouro em Tóquio, Parazinho já conquistou o bronze nos Jogos Rio 2016, se tornou tricampeão no Parapan-Americano de Santiago e tem o bicampeonato mundial (Portugal 2022 e Malmo 2018). 

Vôlei sentado 

Bruna Lima
Bruna Lima foi bronze nos Jogos de Tóquio em 2021. A paraense de 34 anos vai disputar a segunda Paralimpíadas. Na seleção brasileira de vôlei sentado desde 2019, a paratleta conquistou ouro no Mundial da Bósnia 2022, além do pódio paralímpico no Japão. 

Natural de Belém, a paratleta sofreu um acidente quando tinha 24 anos e teve a perna esquerda amputada abaixo do joelho. Após o período de recuperação e adaptação, a paraense decidiu experimentar o vôlei sentado e se apaixonou pelo esporte. 

image Bruna Lima, bronze nas paralimpíadas de Tóquio 2020 (Cristino Martins/ O Liberal)

Judô 

Thiego Marques também vai disputar o segundo Jogos Paralímpicos. Em Paris, o paraense de 25 anos vai em busca da primeira medalha em Paralimpíadas. Em Tóquio, o judoca caiu ainda na estreia, no entanto, na França, a expectativa é que o paratleta consiga um excelente resultado. 

Thiego é albino e, por conta disso, possui baixa visão. Entrou no judô quando tinha 12 anos e desde então já conquistou inúmeras medalhas. Na última edição do Parapan-Americano, em Santiago, o paraense ficou com o ouro na categoria J2 até 60kg. Atualmente, o judoca é o quarto colocado do ranking mundial. 

image Thiego (de azul) é o atual quarto colocado do ranking (Divulgação / IBSA)

Larissa Oliveira 

Aos 25 anos, Larissa Oliveira vai disputar a primeira Paralimpíadas. A paraense teve síndrome de Stevens-Johnson, o que afetou sua visão. Desde os 12 anos, ela treina judô. 

image Larissa disputa sua primeira edição das Paralimpíadas (Divulgação)

Durante o ciclo paralímpico, Larissa conquistou medalhas em etapas do mundial, Grand Prix e foi bronze no Parapan-Americano de judô do Canadá em 2022, na categoria J1 até 57kg. 

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Paralimpíadas 2024
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