Atletas podem usar maconha nas Olimpíadas 2024? Veja a lista de substâncias proibidas
Agência Mundial Antidoping criou a Lista Proibida, um Padrão Internacional obrigatório a ser seguido pelos atletas. Saiba o que isso significa
Um dos maiores temores de atletas que vão competir em torneios é o teste antidopagem, uma avaliação realizada para identificar a presença de substâncias ou métodos proibidos que possam melhorar o desempenho esportivo de forma artificial.
Com objetivo de intervir em possíveis tentativas de vantagem de um competidor sobre outros e manter uma competição justa para todos, o Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) criou a Lista Proibida, um Padrão Internacional obrigatório a ser seguido pelos atletas.
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Dentre as substâncias listadas no documento, que é atualizado anualmente, estão, por exemplo, estimulantes, anabolizantes, narcóticos, canabinoides e glicocorticoides. Utilizadas intencionalmente ou não, o atleta pode ser proibido de participar das competições se comprovado a existência de certas substâncias no corpo.
Uma das dúvidas com a legalização da maconha em cada vez mais países é: os atletas que utilizam da erva podem ser barrados de competições se testar positivo no teste de antidopagem? A resposta é: depende. Confira abaixo.
Restrições para atletas
Em competições, como a Olimpíadas 2024, existe o período chamado "Em Competição", que inicia as 23:59 do dia anterior a uma competição na qual o atleta está programado para participar e se encerra ao final da disputa, somente após a finalização processo de coleta de Amostras.
Durante esse período, há uma extensa restrição para o uso de substâncias, dentre elas a cannabis. Com exceção do canabidiol (CBD), substância extraída da maconha usada para fins medicinais para tratamento de algumas doenças, todos os canabinoides (naturais ou sintéticos) são proibidos, por exemplo:
- Em cannabis (haxixe e maconha) e produtos da cannabis
- Tetraidrocanabinóis naturais ou sintéticos (THCs)
- Canabinoides sintéticos que mimetizam o efeito do THC
Portanto, os atletas adeptos ao uso da maconha podem ser proibidos de competirem nas Olimpíadas se comprovado a existência da cannabis no corpo durante o período "Em Competição".
A exemplo, o atleta Sha’Carri Richardson foi suspenso após testar positivo para maconha nos Estados Unidos e não pôde competir nas Olimpíadas de Tóquio, realizadas em 2021.
(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
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