Ministério Público Federal defende que Robinho cumpra a pena no Brasil; veja

Julgamento da homologação da pena do ex-jogador ocorre na tarde desta quarta-feira (20), no STJ; brasileiro é condenado por estupro coletivo pela Justiça italiana

Aila Beatriz Inete
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A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga a homologação da pena do ex-jogador Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália. Durante a sessão, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou a favor que o brasileiro cumpra a pena de 9 anos de prisão no Brasil. 

Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho, representante do MPF, rebateu os argumentos da defesa de Robinho que pede que a pena não seja cumprida no Brasil. "Não se pode permitir a impunidade do brasileiro que cometeu crime no exterior, simplesmente porque o Brasil não o extradita”, ressaltou. 

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Na argumentação, Chateaubriand relembrou os áudios de conversas entre Robinho e amigos sobre o caso. O representante do MPF lembrou que o ex-jogador riu e debochou da vítima e defendeu o cumprimento da pena do jogador no Brasil. 

"Reconhecer um crime grave, de um brasileiro regularmente julgado por um país que não paira dúvidas e que de outra forma permanecerá impune", encerrou o Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho

Além dele, o advogado da União Brasileira de Mulheres (UBM), Carlos Nicodemos, também se manifestou a favor a prisão de Robinho, defendendo a necessidade de não deixar um crime grave como este ser passado impune diante da Justiça brasileira. 

"Na condição de terceiro interessado, ou de uma entidade que milita pelos direitos humanos das mulheres, trago a necessidade de se entender que não estamos inovando, que as garantias individuais foram dadas ao requerido e que se trata uma questão de direitos humanos das mulheres, em que se banaliza o estupro e violência contra elas. O estado precisa dar respostas, e na condição de amiga da corte, a UBM sugere sua efetiva homologação e deixa como recomendação a prisão do requerido, porque o mesmo já apontou uma lógica de fuga", declarou o advogado da (UBM)

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