Time de basquete em cadeira de rodas, All Star Rodas, busca apoio e patrocínio para competições
Sem local fixo e com apenas um patrocinador, time passa por dificuldades para manter treinos de atletas já convocados para competições nacionais e internacionais
O time de basquete em cadeira de rodas, All Star Rodas, está buscando apoio e patrocínio para conseguir um local fixo para os treinos da equipe. Com competições marcadas, o time conta com a solidariedade de instituições que cedem quadras para os treinos. No entanto, espaços não são adequados para os atletas com deficiência.
"As estruturas das quadras de Belém, em geral, não são muito adequadas para os jogadores com deficiência. Os banheiros não tem espaço suficiente para as cadeiras de rodas e não tem rampas de acesso”, conta o treinador do time, Wilson Caju.
Atualmente, a equipe treina na quadra do Sesi, em Ananindeua. No entanto, os horários limitados, não são ideais para o time. Com atletas convocados para competições nacionais, como a Supercopa Feminina de Basquete em Cadeira de Rodas; e internacionais, como o Campeonato Mundial de Basquete em Cadeira de Rodas, que acontece em Dubai, e o Panamericano Sub-21, na Colômbia, a equipe precisa de mais tempo para os treinos especiais.
“Precisaríamos de um local de onde pudéssemos dispor de no mínimo cinco horas para os treinos diários, pela manhã ou tarde. É um treinamento diferenciado, chegamos em um nível de basquete de alto rendimento. O tempo longo é para que o atleta com deficiência quando chegar aos treinos possa se organizar com todos os aparatos que usa diariamente, ajustar cadeira e uniforme, sem pressa”, explica o técnico.
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Outra dificuldade é a financeira. Com apenas um patrocinador, a equipe não consegue garantir a manutenção de equipamentos. Segundo o técnico, o time precisa contar com a solidariedade de pessoas próximas.
“O financeiro é sempre o mais difícil. para se ter uma noção, uma cadeira de rodas para basquete custa em torno de R$13 mil. Fora os custos de bolas, manutenção das cadeiras e suprimentos para os treinos. Contamos com ajuda de pessoas próximas e até mesmo da Secretaria de Esporte e Cultura do Estado, que de vez em quando nos oferece algum equipamento”, explicou .
Além de treinar atletas de alto rendimento, que já competem em grandes torneios, também existe um trabalho social no All Star Rodas, que realiza o acolhimento de novos atletas de basquete em cadeira de rodas. No entanto, o trabalho é dificultado pela falta de apoio.
“É difícil até fazer o trabalho social, por não termos ginásio. Tudo é mais complicado para a pessoa com deficiência, até mesmo o deslocamento do atleta, por não termos um local fixo, não podemos ajudar com isso. Para se ter noção, o atleta muitas vezes demora a chegar no treino por conta dos ônibus, que só tem um lugar para cadeiras de rodas, ou estão com o elevador quebrado, ou sequer param, tudo é muito difícil”, contou o técnico.
Wilson Caju, agora sonha que o All Star Rodas consiga um local fixo para os treinos para que o clube possa ir além do basquete em cadeira de rodas, incluindo várias pessoas com deficiência.
“Como técnico, meu sonho é que alguém ou o governo doe um terreno onde possamos providenciar a construção de uma quadra adequada e inclusiva. Assim não atenderemos somente o basquete de cadeira de rodas, mas também outros esportes onde a gente conseguisse agregar mais pessoas com deficiência”, finalizou.
Quem tiver interesse em ajudar a equipe, pode entrar em contato com o técnico Wilson Caju através do telefone (91) 98076-4866.
Além disso, a equipe também continua recebendo novos atletas, a partir dos 12 anos e fornece equipamentos como cadeira adequada e uniforme. Para se inscrever basta entrar em contato com o técnico pelo mesmo contato.
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