Protagonismo feminino: Mulheres conquistam espaço e destaque no tênis brasileiro
Modalidade tem atraído o público feminino e tem grandes nomes que contribuem para a potencialização do esporte no Brasil
Nos últimos anos, o tênis no Brasil voltou a ter destaque com o surgimento de novos atletas. Bia Haddad, Luisa Stefani, Laura Pigossi e outras, tem contribuído para esta popularização do esporte no país, especialmente entre as mulheres.
Segundo a pesquisa do Global Tennis Report de 2021, divulgado pelo International Tennis Federation (ITF), o número de tenistas no Brasil é de cerca de 2,6 milhões de tenistas, sendo que 43% são mulheres.
Marina Fampa, produtora de eventos esportivos em Belém, contou que percebeu o aumento do público feminino no tênis. No último Dia das Mães, ela organizou um torneio de tênis voltado para mulheres e para a surpresa dela, todas as vagas para a disputa foram esgotadas.
"Nos últimos anos, temos visto um resgate das mulheres no esporte, especialmente no tênis. Antigamente, as tenistas eram muitas vezes tratadas com desdém e tinham menos visibilidade do que os tenistas masculinos. No entanto, isso tem mudado significativamente", destacou Marina.
Fenômenos
Quando Bia Haddad chegou a semifinais do Roland Garros em 2023, a tenista fez história, sendo a primeira brasileira a chega tão longe no torneio de Grand Slam desde 1964. A atletas já acumulava títulos em competições da WTA, rapidamente, escalou o ranking mundial e inaugurou uma nova fase do tênis no Brasil.
Bia é a brasileira, entre homens e mulheres, mais bem colocada do ranking mundial. Atualmente, ela é a número 14 do mundo, mas, já foi top 10 - a melhor marca já registrada no feminino.
"Bia [Haddad] é uma inspiração. Tem muitos talentos sendo descobertos no tênis. E a Bia é uma inspiração, vem há muitos anos surpreendendo todo mundo. O tênis consegue abraçar todas as idades e a presença das mulheres é cada vez maior, quando a gente abre um evento feminino, você vê que os jogos não são fáceis", declarou Mariana.
Além de Haddad, o Brasil também conta com nomes fortes como Luisa Stefani e Laura Pigossi. As duas foram bronzes nas Olimpíadas de Tóquio nas duplas. No cenário internacional, nomes como Serena Williams, uma das maiores tenistas da história, Naomi Osaka e Coco Gauff são grandes inspirações.
"O tênis feminino tem ganhado cada vez mais espaço na mídia e nas premiações, com prêmios equivalentes aos dos tenistas masculinos em muitos torneios importantes. Isso demonstra um reconhecimento maior do talento e da dedicação das mulheres tenistas", comentou Marina Fampa.
Além do vies competitivo, a produtora ressalta que incentivar o esporte na região também contribui para uma qualidade de vida melhor.
"O crescimento do tênis, na nossa região, além de concentração, ele gera autoestima, independência e atividade em grupo, você faz novos amigos, uma rede de relacionamentos, de conexão muito grande e as mulheres conseguem fazer isso muito bem", ressaltou.
No último Troféu Rômulo Maiorana, a Atleta do Ano escolhida foi a tenista paraense Gabriela Guapindaia, de apenas 16 anos. A jovem é uma promessa da modalidade no estado, mostrando que o surgimento de novos atletas é um reflexo de oportunidades e investimentos. .
"O resgate das mulheres no esporte, em especial no tênis, é um reflexo da luta pela igualdade de gênero e do reconhecimento do talento e da importância das atletas femininas. É um movimento que deve ser celebrado e incentivado, para que mais mulheres possam ter oportunidades e destaque no mundo esportivo", concluiu Marina.
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