Paraense relata emoção com a convocação para a seleção feminina de basquete
Glenda Cruz foi selecionada para fazer parte da equipe que pode ir disputar o Qualificatório do Pré-Mundial
A seleção feminina de basquete não conseguiu se classificar para as Olimpíadas de Paris. Em pré-olímpico disputado em Belém, no início do ano, a equipe brasileira não venceu nenhuma partida e ficou de fora dos Jogos. Com isso, o time já iniciou a preparação para o próximo ciclo olímpico e a paraense Glenda Cruz pode estar presente nessa caminhada.
Glenda foi convocada pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete) para fazer parte da seleção feminina que vai para o Qualificatório do Pré-Mundial, que ocorre em Ruanda, no continente africano, entre os dias 19 a 25 de agosto. Em entrevista ao OLiberal.com, a jogadora falou sobre a emoção da convocação e expectativas para a disputa por uma vaga no time.
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"Estou bem feliz com a convocação, acredito que todo atleta espera por isso um dia. Eu não estava esperando, estava focada em melhorar meu jogo e ajudar minha equipe. Acredito que quando trabalhamos para melhorar, coisas boas vêm", declarou a paraense.
Glenda é marajoara, natural de Soure, na ilha do Marajó. A jogadora começou no esporte com 12 anos, por incentivo de um professor que a convidou para praticar o esporte.
"Comecei em Soure com o professor Aluísio Celso dos Santos Arruda Júnior. Ele ama esse esporte. Ele passou nas salas de aula convidando quem tivesse interesse em aprender a jogar basquete. Na época eu estudava na escola Gasparino Batista da Silva. E é claro que eu quis, até então era um esporte novo para mim, e eu era viciada em aprender qualquer coisa que envolvesse esporte, fui", contou Glenda.
O simples convite despertou na então menina a paixão pela modalidade e, hoje, aos 30 anos, Glenda tem se destacado no cenário nacional do basquete e conseguiu sua convocação para a seleção brasileira. Por conta disso, a paraense destacou que é muito grata ao professor. "Eu o tenho como pai de coração, sempre me ajudou e me ajuda até hoje", afirmou.
Glenda brilhou como ala na última temporada pelo Blumenau na Liga de Basquete Feminino (LBF) e foi um dos destaques do time. Para o próximo ano, a jogadora vai para Portugal, atuar no Galitos Basquetebol e está animada para mais um desafio.
"Estou bem empolgada. Vai ser uma experiência diferente, e eu amo novos desafios. Estou ansiosa para esse novo ciclo", destacou.
Além do qualificatório para o Pré-Mundial, a convocação também serve para o Sul-Americano, que será realizado em Santiago, no Chile. Ao todo, foram selecionadas 17 jogadoras. Contudo, apenas 12 atletas vão de fato para as competições.
Por isso, desde o dia 1º de agosto, as convocadas passam pelo treinamento que definirá as 12 selecionas que viajam para Ruanda.
"Vou trabalhar muito para ficar entre as 12 e desempenhar ao máximo meu trabalho e ajudar a equipe. Nós sempre esperamos o melhor resultado possível. [Agora] é trabalhar e não desistir para conseguir", destacou Glenda.
Com a mudança de clube, a jogadora aproveitou para matar a saudade de casa e rever a família e os amigos. No entanto, ela não perdeu o foco e ela seguiu com os treinamentos em Belém para manter a forma.
"Normalmente eu vou embora de casa em fevereiro e só venho no final do ano. Mas como eu vou jogar fora do país, consegui vir esse mês. Aproveitei [bastante] e treinei em Belém", afirmou.
Os treinos na capital paraense contaram com o auxílio do professor Aluísio Celso dos Santos Arruda Júnior e de outras jogadoras de basquete da cidade.
Após a frustração de ficar de fora dos Jogos de Paris, a seleção feminina está em processo de reestruturação. O treinador José Neto deixou o cargo por questões pessoais e a técnica Bruna Rodrigues, que estava no Blumenau, comanda a equipe nas competições. Além disso, a equipe técnica terá a experiente Pokey Chatman, General Manager da WNBA (Liga Americana de Basquete Feminino) como conselheira nas competições.
O objetivo é montar um time forte para o ciclo olímpico de Los Angeles 2028 e Glenda está sonhando e em conquistar o seu espaço na seleção e disputar a edição das Olimpíadas.
"Acredito que seja o sonho de todo atleta. Trabalhar para me manter bem e sempre melhorar o que eu puder, acredito que o 'resto' é consequência. Vou continuar me esforçando e me doando, se for para ser, será. Espero que seja (sic)", finalizou a jogadora.
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