Guilherme Paraense pode ser tornar patrono do esporte olímpico do Brasil; entenda
Projeto de lei tramita na Câmara, recebeu parecer favorável de relator, e depende da aprovação da Casa para começar a valer
O primeiro medalhista de ouro do Brasil nas Olimpíadas, Guilherme Paraense, está prestes a ser reconhecido como "Patrono do Esporte Olímpico Brasileiro" pela Câmara dos Deputados. Na última sexta-feira (5), a Comissão de Cultura (CCULT) deu um parecer favorável ao pedido, com o relator deputado Niltinho (PSD-SE) apoiando a proposta. Para que o projeto se torne realidade, ainda é necessária a aprovação da Casa.
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O projeto de lei, apresentado pelo deputado Raimundo Santos (PSD-PA) em março deste ano, vem tramitando pelo Congresso Nacional e chegou à CCULT em abril. Na última sexta-feira, a proposta deu um passo importante com o parecer favorável do relator. No voto, o deputado Niltinho ressaltou a relevância de Guilherme Paraense para o esporte brasileiro.
"A AMAN também o homenageou nomeando 'Polígono de Tiro Tenente Guilherme Paraense' o conjunto de estandes de tiro da Academia. O Governo do Pará, em 2016, fez sua homenagem com a inauguração da 'Arena Guilherme Paraense', um espaço multiuso. Entendemos que, por toda a trajetória e relevância para o esporte brasileiro, distinguido por excepcional contribuição e demonstrado especial dedicação à modalidade, Guilherme Paraense deve ser declarado Patrono do Esporte Olímpico Brasileiro", afirmou Niltinho.
Com o parecer favorável, o projeto de lei segue para o plenário da Câmara, onde precisará de maioria simples de votos dos deputados presentes, desde que a maioria absoluta (257) esteja presente.
Guilherme Paraense
Nascido em Belém, Guilherme Paraense foi o primeiro esportista brasileiro a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. O feito histórico ocorreu nas Olimpíadas de Antuérpia, em 1920, na prova de tiro rápido de pistola a 30 metros.
Além da medalha de ouro individual, Paraense também conquistou a medalha de bronze por equipes, ao lado de Afrânio da Costa, Dario Barbosa, Fernando Soledade e Sebastião Wolf.
Dois anos após os Jogos de Antuérpia, Paraense conquistou o título pan-americano no Peru. Ele também foi um dos fundadores da Confederação Brasileira de Tiro, em 1940, e manteve-se envolvido com o esporte durante toda a sua vida. Guilherme Paraense morreu em 1968, aos 83 anos.