Brasileira busca de título mundial na ultramaratona de montanha
Fernanda Maciel, dois meses de treinamento, está pronta para enfrentar o desafio da Ultra Trail du Mont Blanc
Numa temperaturas abaixo de zero,170 km e mais 2.300 corredores de alto nível. Esse é o desafio de Fernanda Maciel, ultramaratonista de montanha, nesta sexta-feira (30), a partir das 18h (13h no horário de Brasília) na Ultra Trail Du Mont Blanc que tem largada na cidade de Chamonix, na França. A brasileira tentará cruzar a Itália e a Suíça em menos de 30 horas.
Não é a primeira vez que a atleta competirá. Ela já ficou entre as 10 melhores colocadas por quatro vezes e também já precisou abandonar a prova em três ocasiões. “Essa é uma corrida tão difícil, que se você me perguntar se vou conseguir completá-la, eu não sei te responder”, conta Fernanda, ao longo da série Se Prepara relatou seus treinos para encarar à prova.
“Nos últimos anos, a minha maior dificuldade foi a neve e a chuva ao longo de toda a prova. Como estamos no verão europeu, torço muito para que o clima esteja mais quente esse ano. Por ser brasileira, acabo tendo uma vantagem maior em temperaturas mais altas, do que as minhas concorrentes. Mas, independente disso, o importante é estar preparada mentalmente para encarar o que vier pela frente”, explica Fernanda.
Para estar o mais segura possível, a atleta já está na região faz dois meses. Por lá, ela vem executando os treinamentos passados pela preparadora espanhola Laia Diez, uma novidade em seu modo de se treinar. “Desde que estou com ela, já faz um ano e meio, tenho sempre conseguido pódios. A Laia tem muita experiência e é também a preparadora do ultramaratonista (espanhol) Pau Capell. Gosto muito de seu formato de treino e dos ensinamentos que vem me dando”.
A atleta treinou muito e viu de perto a preparação de suas concorrentes. Esportista desde a infância, ela explica que isso não a pressiona. “Treinar com as minhas adversárias não me incomoda de jeito nenhum. Cada uma se prepara o quanto pode e dá o seu máximo durante a competição. Então, acaba ganhando a mais forte. Foi duro aprender essa lição, mas não tem jeito. É mais eficaz focar na sua prova, do que na prova do outro”, conta.
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