Atletas russos e bielorrussos estão autorizados a participar dos Jogos Paralímpicos de Inverno
Comitê Paralímpico Internacional liberou participação sob a bandeira neutra para atletas, mas dois países não serão incluídos no quadro de medalhas
O Comitê Paralímpico Internacional (CPI) confirmou que os atletas da Rússia e da Belarus estão autorizados a disputar os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim-2022. A resposta do CPI foi dada nesta quarta-feira (2) e a competição começa na sexta-feira (4).
Embora houvesse a possibilidade de exclusão dos paratletas russos, o CPI decidiu permitir a participação sob a condição de que eles não sejam incluídos nos quadro de medalhas dos Jogos e terão que participar sob bandeira neutra - como já ocorreu nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão em Tóquio, no ano passado - porém em razão dos casos de doping sistemáticos envolvendo esportistas e o governo russo.
Agora, o motivo da punição é a invasão da Rússia ao território ucraniano, que ocorre desde a última semana. Já os atletas de Belarus estão sendo punidos pelo apoio que o país vem dando a Vladimir Putin.
Por outro lado, o Comitê Paralímpico Ucraniano afirmou que, apesar da guerra com a Rússia, 29 atletas vão viajar para os Jogos de Inverno na China.
Entenda o caso
O Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou, no começo da semana, que as federações excluíssem os atletas russos e bielorrussos de todas as competições. Além de muitas sanções, desportistas dos dois países também perderam patrocínios.
A World Athletics excluiu esportistas de ambos os países de todas as suas competições, a organização do Mundial de Vôlei foi retirada da Rússia e seus patinadores não poderão competir "até nova ordem".
A Adidas anunciou a suspensão de seu patrocínio à Federação Russa de Futebol. Outro duro golpe para o futebol russo foi a decisão da Fifa de excluir a seleção nacional do Mundial do Catar-2022.
A Uefa ainda rescindiu com o gigante russo do setor energético, o Gazprom, cujo contrato estava estimado em 40 milhões de euros. As seleções e equipes nacionais da Rússia e de Belarus foram excluídas dos eventos de ciclismo, esporte que também perdeu contratos de patrocinadores.
A lista de exclusões afeta badminton, esqui, rúgbi e hóquei no gelo. Não haverá mais lutas de boxe em um país que já havia sido privado da final da Liga dos Campeões, evento de alcance mundial.
O Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1, previsto para 25 de setembro, não deverá mais ser realizado este ano. A tendência é que a FIA o substitua no calendário pelo circuito do Algarve, em Portugal, mas Turquia e Alemanha ainda estão no páreo.
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