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Régis, ex-São Paulo e Paysandu, admite dependência química e que isso causou rescisão no clube

O jogador Régis revelou em entrevista que entrou em depressão e que clubes não sabem lidar com o problema

Alessandro Amorim

Em entrevista ao GE publicada nesta quarta-feira (6), Régis, ex-lateral do Paysandu em 2012, admitiu que é dependente químico e que isso causou sua rescisão na época em que era jogador do São Paulo. Também falou dos clubes terem dificuldade para lidar com o assunto e que poucos clubes têm um departamento de psicologia.

Tudo começou em 2015, quando jogava pelo Red Bull Brasil. Antes da fusão, o time da empresa tinha sede em Campinas e disputava o Paulistão e a Série D. Régis ficou sem espaço no clube e então potencializou o contato com o álcool.

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O lateral-direito, de 34 anos, foi contratado pelo São Paulo em março de 2018, à época comandado por Diego Aguirre, após ter se destacado no Campeonato Paulista pelo São Bento. Porém, a maior chance da carreira durou apenas 15 jogos e menos de 7 meses

Ele revelou na entrevista que começou a beber demais, aproveitar muito fora de casa e andar com más companhias quando tinha entre 25 e 26 anos. Acabou tomando uma proporção grande por ser uma figura pública. Ele comentou que em times grandes, muitas vezes jogam o problema para os jogadores e dizem não ter nada a ver com isso

“Fiquei um mês para entender onde estava, tinha feito um campeonato extraordinário e tive propostas de inúmeros clubes grandes, mas o São Paulo era a minha prioridade. Foi muito frustrante a forma como saí, não foi por deficiência técnica, mas por erros causados por mim mesmo. Isso me causou uma depressão, tinha perdido a maior chance da minha vida, então acho que não faz sentido me sacrificar tanto pelo futebol.” comentou o lateral.

As polêmicas envolvendo Régis começaram a aparecer depois da saída do São Paulo. Foram quatro prisões, a última em julho deste ano após tentativa de homicídio contra o próprio irmão. Além disso, teve problemas com embriaguez ao volante, posse de droga, resistência à prisão e tentativa de invasão a um apartamento vizinho em um motel.

O lateral comentou que na época em que jogou no São Paulo o clube tinha um departamento de psicologia, porém não estava preparado para lidar com um jogador com os problemas que ele tinha. Régis também comentou que lhe deram tratamento e que tinham profissionais que o acompanhavam na casa dele.

“Vamos fazer o tratamento fora do clube, isso foi a parte ruim. Eles me isolaram das minhas atividades e essa foi a parte que achei errado.”, comentou o jogador.

Régis acha compreensível porque o clube não tem essa obrigação de lidar com o problema, mas acha que precisam se preparar pois outros atletas passam pela mesma situação e os clubes tentam maquiar.

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