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Presidente do Capitão Poço teme perder mandos de campo no início do Parazão 2025.

Na final da Segundinha, contra o Independente, arbitragem registro em súmula gritos homofóbicos e arremessos de objetos no gramado.

Caio Maia
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O presidente do Capitão Poço, Bené Garrafão, teme que a equipe possa ser punida com a perda de mandos de campo logo nas primeiras rodadas do Parazão. Em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal, o mandatário da Laranja Mecânica afirmou que aguarda uma movimentação do judiciário desportivo para saber se poderá contar com público no início do estadual.

"A perda de campo para a gente, queira ou não queira, fica um pouco difícil, porque só o fato de sair da nossa cidade para jogar em outra praticamente faz com que a gente perca receita, pois a torcida, até porque o nosso estado é muito grande, e o campo onde podemos jogar fica muito longe de Capitão Poço. Assim, poucos torcedores vão se deslocar. Mas eu acredito que não houve nada grave que possa tirar os jogos de lá, né? O tribunal é quem resolve tudo. A gente só aguarda. Estamos prontos para acatar a decisão que for tomada", disse.

O "algo grave" a que Bené se refere foram os incidentes registrados na final da Segundinha, entre Capitão Poço e Independente, disputada na última quarta-feira (4), no estádio Rufinão. Após a derrota da Laranja Mecânica por 2 a 1, torcedores da equipe jogaram objetos no gramado e entoaram gritos homofóbicos. O caso foi registrado em súmula.

Agora, cabe à Promotoria Desportiva analisar o caso e decidir se oferece ou não denúncia à Justiça Desportiva. Caso o Tribunal condene o Capitão Poço, a equipe poderá perder mandos de campo no Parazão já na temporada de estreia.

Segundo Bené, a atitude dos torcedores do Capitão Poço pode ser explicada pela "falta de costume" com o futebol. A cidade, que nunca recebeu uma equipe profissional, terá de se adequar às normas do esporte, explicou o mandatário.

"Vamos conscientizar e trabalhar para conscientizar o torcedor, porque isso é novo para ele. O torcedor nunca viu isso antes, ele está acostumado com a forma tradicional, mas agora é algo bem diferente, é outra visibilidade. Então, vamos ter que trabalhar nisso. Inclusive, no meu pensamento, seria até interessante colocar carros de som dentro do campo, pedindo aos torcedores para não jogarem objetos no gramado, para que tudo corra bem e não venha a atrapalhar o nosso trabalho. É o seguinte: a gente trabalha para ter a competição, subir e levar grandes clubes para Capitão Poço, mas, na hora, não poder jogar lá... É um esforço em vão. Mas acredito que vamos trabalhar tudo certinho para que, quando começar a primeira divisão, não dê errado."

O Campeonato Paraense está previsto para começar no dia 19 de janeiro. Os primeiros jogos serão definidos neste sábado (7), durante a realização do congresso técnico do torneio, que ocorrerá na cidade de Tracuateua, no nordeste do Pará. 

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