Presidente da FPF teme paralisação da Segundinha: 'Existe o risco'
O dirigente disse que tem mantido contato com o TJD-PA e o STJD para pedir celeridade no processo de julgamento dos casos, para dar tempo de encerrar o calendário antes da Copa do Mundo
Na atual temporada, o futebol paraense enfrentou pelo menos dois imbróglios judiciais que colocaram em risco o calendário esportivo, bem como o planejamento dos clubes para a temporada. No início do ano, Paragominas, Águia de Marabá e Bragantino se engalfinharam juridicamente na divisão principal, enquanto Atlético Paraense e União Paraense experimentam o mesmo, desta vez pela Segundinha.
No primeiro momento, o campeonato chegou a ser paralisado e até hoje aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Agora como novo episódio judicial, a Federação Paraense de Futebol (FPF) se movimenta para ajustar o que poderá ser a segunda paralisação do campeonato.
"O tribunal é 100% independente da Federação. Normalmente quem é atingido por um julgamento recorre, nós imaginamos que seria possível. E essa é uma das razões que nos levou a fazer esse congresso com os clubes. Agora precisamos entender com os clubes qual é a nossa orientação com relação à marcação da rodada do final de semana", explica Ricardo Gluck Paul, presidente da FPF-PA.
SAIBA MAIS
A Segundinha deste ano está nas quartas de finais, com oito clubes classificados, entre eles o União Paraense, que herdou a vaga inicialmente do Atlético Paraense. No entanto, uma denúncia de escalação irregular levou a justiça local a retirar os pontos do time e excluí-lo da competição. No entanto, o Atlético recorreu e o caso voltou ao TJD. Caso haja reversão de pena, existe o risco da rodada ser suspensa, até a chegada na Suprema Corte desportiva.
Antes de saber o final da história, Ricardo disse que está em contato com os tribunais e espera celeridade nas decisões, para que se cumpra a tabela sem atropelos. "Essa é uma primeira instância de recurso. Dependendo do que for decidido, pode haver recursos no STJD. Estamos fazendo um trabalho junto ao STJD. Certamente estarei no Rio na próxima semana, onde tenho reuniões também com a CBF, para cobrar celeridade caso haja subida de recurso".
Gluck Paul, no entanto, não esconde a preocupação com o futuro da Segunda Divisão estadual. "Temos que reconhecer que há celeridade, mas existe sim uma possibilidade muito grande das quartas de finais serem suspensas pela federação até que se aguarde o julgamento final desse mérito, ou que os clubes assumam a responsabilidade e os riscos de uma reversão juidicial", encerra.
Atualmente, a Segundinha tem apenas um jogo pendente pelas oitavas de finais, entre Parauapebas e Esmac, marcado para esta terça-feira, a partir das 16 horas, no estádio Rosenão, em Parauapebas. A próxima fase ainda não tem datas, justamente pelo aguardo da resolução do impasse entre Atlético e União Paraense.
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