PC divulga imagens de atletas em hotel antes de suposto estupro; ex-Remo é investigado
Câmeras de segurança estão sendo usadas pela polícia nas investigações; jogador paraense ex-Remo está entre os suspeitos do crime
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um suposto caso de estupro envolvendo três atletas do Botafogo-SP e uma mulher, que alega ter sido vítima de estupro. Entre os acusados está o paraense João Diogo, de 23 anos, que já atuou no Clube do Remo. Através das imagens, as autoridades tentam desvendar as motivações do crime, que repercutiu bastante na mídia.
Segundo as investigações, as imagens mostram os atletas do time paulista entrando no quarto de uma mulher, identificada como Alcimara Ventura, de 27 anos. Ela registrou queixa contra Eduardo Hatamoto e João Diogo Jennings, alegando que foi tocada sem consentimento, além de sofrer agressão ao tentar resistir aos abusos.
O caso aconteceu na madrugada do dia 26 de setembro, no Rio de Janeiro, quando o time do interior paulista havia conquistado o acesso à Série B. O terceiro suposto participante, e também atleta do Botafogo-SP, Lucas Delgado, teve o contrato rescindido após a repercussão negativa do fato.
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Na polícia, o caso foi registrado como estupro e agressão, na 4ª Delegacia de Polícia (Central). Nas imagens divulgadas à imprensa, é possível ver Alcimara entrando em um quarto com Lucas Delgado. Em seguida, outros jogadores aparecem no corredor, entre eles Eduardo (de calça comprida e camisa branca) e João Diogo (de camisa preta), que chega a ficar de cueca no corredor.
Cerca de 20 minutos após a entrada do casal no quarto, Jennings e Hatamoto batem à porta. Em seguida as imagens mostram a mulher saindo, enquanto leva uma das mãos ao rosto e a outra segura um par de sandálias. Para a polícia, ela disse que estava chorando neste momento, depois de ter sido mordida em um dos seios, por Hatamoto.
De acordo com a polícia, Hatamoto a segue no corredor e a leva para outro quarto. Ambos ficam lá por sete minutos. Em seguida ela pega o elevador. No depoimento prestado, a vítima diz que ambos mantiveram carícias consentidas, até o momento em que ela foi para o banheiro.
"Quando chegamos ao quarto, o Lucas me chamou para o chuveiro. Eu disse para ele pegar camisinha, disse que não queria. Ele não quis pegar a camisinha e gozou dentro, o que ocorreu rápido". Para a polícia, a situação em si já caracteriza o crime de estupro. Logo após ela ouviu batidas na porta e pediu para que o jogador não abrisse a porta, sendo ignorada por ele.
Neste momento, os dois homens entraram no quarto e ela os reconheceu como os mesmos homens que estavam na boate onde ela havia conhecido Lucas. A partir de então, os jogadores teriam tocado no corpo da mulher. "Estava de toalha ainda, o Lucas passou a arrumar a mala dele, e eu passei a me vestir. O Diogo e o Eduardo passaram a me alisar, e eu disse para eles pararem. Olhava para o Lucas, e ele me ignorava. Rindo, o Diogo se deitou na cama de cueca e disse: 'É uma puta marrenta'", contou Alcimara.
Foi a partir deste momento que teria ocorrido a agressão. "Foi então que o Eduardo veio para cima de mim. Eu entendi que eles queriam sexo, e eu disse que não queria, que queria ir embora. O Eduardo, então, disse: 'Vamos ver se ela é marrenta mesmo'. E me deu uma mordida no seio, enquanto eu colocava o vestido", conta.
Em nota, o Botafogo-SP informou que espera a conclusão das investigações para "decidir quais outras atitudes serão tomadas contra os outros dois atletas".
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