Morte de Izquierdo: relembre jogadores com problemas cardíacos no Remo e Paysandu
Dois casos de atletas que tiveram problemas cardíacos ocorreram em Belém, um atleta voltou a jogar, mas outro teve que se aposentar aos 30 anos
Na última terça-feira (27), o jogador Juan Izquierdo, do Nacional-URU, teve sua morte confirmada pelos médicos, após passar seis dias internado após sofrer uma parada cardíaca durante o jogo São Paulo x Nacional-URU, pela Libertadores, no Estádio do Murumbis. No futebol paraense ocorreram dois casos de problemas cardíacos, um com um jogador do Remo e outro com o do Paysandu.
WhatsApp: saiba tudo sobre o Remo
WhatsApp: saiba tudo sobre o Paysandu
O caso que teve uma repercussão grande em Belém foi do ex-jogador Marquinho Belém. Na temporada de 2005 estava realizando pré-temporada no Santa Cruz-PE e, foi diagnosticado, com um problema no coração. Ele voltou a jogar, mas no início, o diagnóstico indicava aposentadoria dos gramados. Marquinho falou de como recebeu a notícia de que teria que parara de jogar futebol.
“Foi um impacto muito forte e inesperado. Tiraram o meu chão e comecei a chorar sem parar”, disse.
Marquinho comentou sobre o período de recuperação, exames e do retorno aos gramados, dessa vez no Remo, time em que teve mais destaque na carreira. O ex-jogador relembrou as dificuldades, incertezas de voltar a jogar futebol.
“Foi um período de muitas incertezas, mas, ao mesmo tempo, de muita fé que eu poderia voltar a jogar, pois foi me dado um prazo de 6 meses para eu ser reavaliado para aí, sim, terem a certeza se eu poderia voltar a jogar ou encerrar de vez a carreira. Só que graças a Deus, deu tudo certo e pude voltar a jogar dando a volta por cima sendo campeão brasileiro pelo Remo, entrei na seleção dos melhores da competição e fui eleito o melhor lateral direito do futebol paraense, isso tudo em 6 meses em 2005”, comentou
VEJA MAIS
O paraense relatou que, no momento de dificuldade, o Santa Cruz-PE, clube pelo qual estava trabalhando, não deu o devido apoio, mas que decidiu não procurar a agremiação e seguiu o tratamento de forma individual, pagando as despesas.
“Não tive [apoio] do Santa Cruz-PE. Foi lá detectado toda a situação lá e só recebi os dias trabalhados. Estava na pré-temporada e a gente tem que fazer esse exame, mas eu sempre fui um cara que tive plano de saúde independente de estar jogando. Então não fui atrás deles, não veio nenhuma iniciativa deles para querer me ajudar, mas como eu tive plano de saúde eu também não procurei eles”, relatou.
Já liberado pelos médicos e com seus laudos, Marquinho foi contratado pelo Remo. Ele teve que passar por uma avaliação tradicional com os jogadores e outra específica, para que o clube tivesse um total respaldo de sua volta aos gramados.
“No Remo foi feita aquela avaliação que todo jogador faz quando vai ser contratado, então para o clube ficar respaldado, eles fizeram outra avaliação em mim, mesmo eu já estando liberado”, disse.
VEJA MAIS
No Paysandu
Além de Marquinho Belém, outro caso, ocorreu no futebol paraense com atleta enfrentando problemas no futebol. O jogador Bebeto Campos, que havia jogado praticamente toda a temporada pelo Paysandu, foi afastado dos gramados, após diagnóstico de problemas cardíacos em exames feitos pelo Papão.
Bebeto Campos tinha 30 anos quando recebeu a notícia de que teria que se afastar dos gramados. Ele buscou tratamento, mas resolveu encerrar a carreira. O baiano realizou 37 partidas com a camisa do Paysandu, marcou três gols e disputou em alto nível a Série A do Brasileiro de 2004. Além do clube paraense, Bebeto Campos defendeu o Vitória-BA, Fluminense-RJ, Bahia-BA e Sport-PE.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA