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Irregularidades sucessivas emperram andamento do Campeonato Paraense ano após ano; entenda

Com mais uma paralisação por irregularidades, cresce a preocupação com a credibilidade da competição

Luiz Guillherme Ramos
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Suspenso no último dia 7 de março devido às irregularidades praticadas por quatro equipes, que utilizaram atletas de forma irregular em seus respectivos jogos, o Campeonato Paraense passou por dias tenebrosos, sem expectativa de retorno, enquanto a causa aguardava julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA).

A saga em busca da retomada, no entanto, só foi encerrada quando o caso subiu de instância e chegou ao pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), sediado em Brasília. A maior corte desportiva do país determinou nesta sexta-feira (21) o retorno imediato da competição e a manutenção dos resultados, mantendo a classificação e os jogos da fase final.

Entretanto, os clubes denunciados foram multados, encerrando mais um imbróglio que já virou marca registrada da competição estadual, dado o histórico de polêmicas nos últimos anos, que mancham sucessivamente a credibilidade do futebol paraense. No fim das contas, Clube do Remo e Capitão Poço foram multados em R$ 30 mil, enquanto a Tuna Luso terá que pagar R$ 10 mil e o Bragantino, outros R$ 5 mil.

Com essa decisão, a classificação final está mantida. O Clube do Remo reassume a liderança, o Independente é rebaixado e os jogos previamente agendados seguem inalterados. No entanto, o impacto financeiro para os clubes envolvidos é uma preocupação real, especialmente para equipes menores, que operam no limite de suas receitas. Muitos times acabam perdendo o fôlego para cobrir despesas, enquanto os mais estruturados mantêm investimentos altos e ritmo intenso de treinos.

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Histórico

Nos últimos anos, o Campeonato Paraense tem sido marcado por paralisações e polêmicas que vão além das quatro linhas. Entre pandemias, disputas judiciais e denúncias de irregularidades, o torneio passou por momentos turbulentos que impactaram seu andamento.

Em 2020, a pandemia de COVID-19 levou à suspensão do campeonato em março, decisão tomada pelo governo do estado e pela Federação Paraense de Futebol (FPF) para garantir a segurança dos envolvidos. No ano seguinte, com o aumento dos casos, a competição foi novamente interrompida em março e só retomada em abril.

Já em 2022, a escalação irregular de jogadores pelos clubes Itupiranga e Caeté levou o TJD-PA a paralisar o torneio por quase duas semanas. Apesar da investigação, nenhuma penalização direta foi aplicada, mas Itupiranga e Paragominas acabaram rebaixados.

Em 2023, um recurso do Paragominas ao STJD atrasou o início da competição, inicialmente prevista para 21 de janeiro. O campeonato só começou em 31 de janeiro, com exceção dos jogos do Bragantino, que teve sua permanência na Segunda Divisão confirmada no mês seguinte.

O ano de 2024 foi marcado por uma polêmica na final. O Clube do Remo solicitou a anulação do primeiro jogo contra o Paysandu, alegando interferência do árbitro no VAR. O TJD-PA acatou o pedido e suspendeu as premiações, mas o STJD derrubou a decisão no dia seguinte, garantindo a realização da partida decisiva. Em setembro, o tribunal confirmou o título estadual do Paysandu.

Este ano, a confusão envolveu Capitão Poço, Tuna Luso, Remo e Bragantino. Os dois primeiros utilizaram jogadores menores de 20 anos sem contrato profissional, o que resultou em punições severas. O TJD-PA aplicou à Laranja Mecânica a perda de 18 pontos e uma multa de R$ 30 mil, praticamente decretando seu rebaixamento. A Tuna Luso perdeu 7 pontos e foi multada em R$ 10 mil. Enquanto isso, sem chamar atenção, Remo e Capitão Poço também foram descobertos, ampliando o escândalo e resultando na paralisação da competição por duas semanas.

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