Coincidências assustadoras: quase 20 anos depois, estádio do São Paulo é marcado por nova morte

Em 2004, também em um dia 27, Serginho, do São Caetano, teve uma parada cardiorrespiratória também jogando contra o São Paulo.

Gabriel Bentes
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A morte do jogador Juan Izquierdo, do Nacional-URU, nesta terça-feira (27) após sofrer uma parada cardíaca causada por uma arritmia durante o jogo entre São Paulo e Nacional-URU no Morumbis registrou uma trágica coincidência para o estádio e para o clube paulista.

Serginho, zagueiro do São Caetano, morreu no dia 27 de outubro de 2004, após sofrer também uma parada cardiorrespiratória dentro do estádio e em jogo contra o São Paulo.

O defensor, que tinha 30 anos na época, caiu no gramado do Morumbi aos 14 minutos do segundo tempo da partida pelo Campeonato Brasileiro. Ele recebeu atendimento imediato no campo, mas faleceu pouco depois no Hospital São Luiz, em São Paulo. Atenção, imagens fortes:

Em decorrência da morte de Serginho, passou a ser estabelecido no futebol brasileiro o protocolo de manter desfibriladores - dispositivo médico que aplica uma descarga elétrica controlada ao coração para restaurar o ritmo cardíaco normal em casos de arritmias graves - e ambulâncias nos estádios durante os jogos.

Algumas macabras e tristes coincidências unem os casos:

- os times das vítimas possuíam as mesmas cores em destaque: azul, vermelho e branco;

- a morte ocorreu em uma noite de um dia 27;

- ambos passaram mal ainda no gramado do Morumbis (na época, apenas Morumbi) e até foram atendidos, mas não resistiram.

Risco de morte anunciado

Serginho havia apresentado uma leve arritmia em um exame realizado oito meses antes de sua morte, no Instituto do Coração. Na época, o médico do São Caetano, Paulo Donizetti Forte, declarou que a condição do zagueiro não representava risco para a sua participação em partidas.

No entanto, um prontuário médico do Incor, assinado pelo médico Edimar Alcides Bocchi, mencionava que Serginho tinha "risco de morte súbita". Após a morte do jogador, Bocchi reconsiderou e afirmou que o ocorrido foi uma fatalidade.

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Zagueiro atuava com a camisa do Nacional-URU e jogava contra o São Paulo, na Libertadores, quando sofreu a parada.

Nairo Ferreira de Souza, então presidente do São Caetano, e o médico do clube, Paulo Forte, foram denunciados pela promotoria do Ministério Público de São Paulo por homicídio culposo, sem intenção de matar. O caso foi arquivado em 2013.

O São Caetano sofreu uma penalização no Campeonato Brasileiro, perdendo 24 pontos e caindo da quinta posição, com 77 pontos, para a 18ª posição, com 53 pontos. Naquele período, a Série A contava com 24 clubes.

(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor de oliberal.com)

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