Em derrota do Vasco, Barbiere recebe vaias e ofensas da torcida

Treinador diz que compartilha da mesma frustração: "só vamos reverter com resultados positivos"

Carolina Mota
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O técnico do Vasco, Maurício Barbieri, foi o principal alvo de descontentamento da torcida durante a derrota do vasco no último domingo (14), para o Santos, por 1 a 0, em jogo pela sexta rodada do Brasileirão. Barbieri recebeu vaias e ofensas durante e depois da partida.

Em um "ambiente hostil", como ele mesmo definiu, pode-se dizer que o técnico teve a sua primeira experiência negativa com a torcida vascaína. Houveram reclamações em outros momentos, como na eliminação para o ABC, na Copa do Brasil e na derrota para o Bahia, mas nada que se aproximasse do cenário visto no jogo de domingo, presenciado em São Januário.

O primeiro sinal de insatisfação da torcida ocorreu aos 44 minutos do primeiro tempo, quando o Santos vencia por 1 a 0 e o Vasco não conseguia o gol de empate. O coro "não é mole, não, obrigação é ganhar no caldeirão!" ecoou no estádio.

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Ao final da primeira etapa, a torcida voltou-se contra o treinador, que caminhava em direção ao túnel que leva aos vestiários, com o grito "Ei, Barbieri, vai tomar no c*!".

No segundo tempo, Barbieri foi chamado de "burro!" pelos torcedores ao substituir Figueiredo por Rodrigo. No fim, com a derrota decretada, o técnico continuou recebendo ofensas da arquibancada.

O treinador, na semana passada, deu entrevista no CT Moacyr Barbosa onde pediu respeito com relação às críticas e contou que um de seus filhos não quer mais frequentar estádios após ter visto, uma vez, o pai sendo hostilizado.

Barbieri pelo Vasco

18 jogos
9 vitórias, 4 empates e 5 derrotas
32 gols feitos, 17 gols sofridos
Semifinalista do Carioca
Eliminado na 2ª fase da Copa do Brasil
Sequência atual de cinco jogos sem vitórias no Brasileirão

O Vasco vem de uma sequência de cinco rodadas  de derrotas: a mais recente, na estreia do Brasileirão, no 2 a 1 sobre o Atlético-MG, no Brasileirão. Em seguida, a equipe empatou o Palmeiras e também foi uma das poucas a tirar pontos do Fluminense, mas a torcida tem pegado no pé do treinador por resultados como o contra o Santos. Essa é a segunda derrota do time em São Januário no campeonato.

"Está até escrito nos muros do estádio: 'São Januário é um ambiente hostil'. E em alguns momentos o ambiente está mais hostil a nós mesmos que aos adversários. Mas só vamos reverter isso com resultados positivos. É manter o nosso foco, concentração, naquilo que a gente pode fazer, que é buscar resultados positivos aqui dentro e, com certeza, o ambiente vai voltar a nosso favor", disse o treinador.

"Não é algo que vai me tirar o sono. Esse grito eu entendo e acho que ele é legítimo e traduz um sentimento, que é de frustração e compartilhado entre nós. Talvez ele (torcedor) responda de outra forma e a mim não cabe julgar, mas gostaria que entendesse que o sentimento aqui é o mesmo", acrescentou.

Décimo sexto colocado na tabela, com seis pontos, o Vasco volta a campo no próximo sábado para enfrentar o São Paulo, às 18h30 (de Brasília), no Morumbi.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes do Grupo Liberal

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Futebol
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