Durante a carreira no futebol, Pelé também fez grandes amigos, alguns deles no Pará
Um dos principais amigos do Rei do Futebol foi Manoel Maria, que jogou ao lado dele no Santos e o apresentou para amigos no Pará
Hoje, se fosse vivo, Pelé estaria completando 84 anos. Em campo, Pelé deu o seu recado. Fora dele, cultivou grandes amizades que transcenderam o tempo e o acompanharam até a partida, no dia 22 de dezembro de 2022. Aqui no Pará não foi diferente. Ao longo dos anos, o Rei do Futebol cultivou grandes laços que se estenderam das quatro linhas para fora dos gramados.
Em campo, Pelé teve grandes amizades, mas uma delas chama a atenção pela durabilidade e carinho recíproco, nascida no distante ano de 1968, quando Manoel Maria, então ponta direita paraense, foi contratado pelo Santos, compondo a chamada terceira geração da "Era Pelé" no Santos. Mesmo sendo oito anos mais jovem, "Mamá" ganhou a atenção do Rei e ali nasceu uma amizade que duraria até a partida do primeiro. Os laços entre eles foram tão amplos que se estenderam até a pequena Castanhal, onde Pelé fez outros amigos que guardam com enorme carinho os tempos de convívio.
O empresário Vanderley Melo foi um desses privilegiados, que, por vontade do destino, acabou cruzando o caminho do Rei por uma aleatoriedade da vida, um feliz acaso que mudaria para sempre a visão sobre o ídolo do futebol mundial. A ligação de Vanderley com Pelé teve o intermédio inicial do jornalista Carlos Ferreira, colunista e comentarista de O Liberal.
"A nossa amizade começou quando o Carlos Ferreira me apresentou o Manoel Maria, que virou um grande amigo e isso passou para as nossas famílias e amigos. Como ele é ex-jogador, ele cultiva muitos amigos da bola, entre eles Clodoaldo, Abel, Lima e Pelé, mas com ele foi mais demorado. O Manoel demorou mais para me apresentar, até sentir maior confiança. Na primeira vez eu mandei um gel de copaíba, depois um filhote. Fui a primeira, segunda. A esposa dele, a Márcia, passou um final de semana conosco em Santarém, mas ele não veio porque tinha operado o quadril e não podia andar. Assim começou a nossa amizade", lembra o empresário.
Vanderley então deu um passo a mais e lembrou da sua paixão pelo Castanhal. "Uma vez eu levei uma camisa para o Manoel e ele levou até o Pelé. Ele autografou a camisa, fez foto com ela. Vai ficar para sempre na história do Japiim", garante. Antes da morte de Pelé, o empresário lembra que havia marcado um encontro no fim do ano com Manoel Maria, mas os desdobramentos da vida levaram o Rei do Futebol ao óbito, interrompendo uma breve e preciosa amizade.
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"Estava tudo certo para o Manoel vir passar o réveillon com a gente, mas um pouco antes ele ligou dizendo que o Pelé estava hospitalizado e que não poderia vir. A gente ficou aqui torcendo para que as coisas mudassem, mas infelizmente não aconteceu. Passei o réveillon dessa forma e quando cheguei em casa, acho que dia 2, nos restou acompanhar tudo aquilo e lembrando das nossas conversas entre eu, ele e o Manoel. A gente sentiu muito", completa.
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