Duílio Alves explica desistência na contratação de Rodrigo Santana: 'O Corinthians é democrático'
Segundo o presidente do Timão, Santana tem teve comportamento antidemocrático e escolhas políticas podem comprometer trabalho da nova comissão técnica liderada pelo técnico Fernando Lázaro
Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, comentou pela primeira vez a polêmica na contratação do auxiliar técnico Rodrigo Santana, que estava cotado para trabalhar na comissão técnica de Fernando Lázaro para a temporada de 2023. Depois de estar praticamente certo com o Timão, Santana teve a contratação cancelada, depois que as suas preferências políticas foram expostas a público e entraram em conflito com as diretrizes corinthianas.
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Rodrigo Santana é ex-treinador do Atlético-MG e sua contratação era tida como certa, até a presença dele em um ato antidemocrático, na cidade de Belo Horizonte, logo após o resultado das eleições presidenciais. Na ocasião, Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os apoiadores destas manifestações foram às ruas pedir a intervenção das forças armadas, gerando a inconformidade no QG corinthiano.
"Até legal esclarecer isso. Eu entendo as coisas diferentes. O Corinthians é democrático. Sempre lutou pela democracia e seguirá assim por sua história e fundação. O que eu queria separar que não estamos discutindo se votou nesse ou naquele, se é de direita ou de esquerda. Jamais vamos deixar de contratar por escolhas A, B ou C", explica o mandatário, antes da conclusão.
"Mas, nesse caso, o que estava sendo defendido por esse profissional era um golpe militar, o fim da democracia. Opção foi não contratar. Se quer seguir defendendo isso, é direito dele, mas a democracia permite que nós não o contratemos. Defendeu golpe e não virá. Isso traria um problema diário para a comissão técnica que está começando. Tudo que um novo ano não precisa. O clube é democrático e não abre mão disso nunca", conclui.
As informações foram dadas em entrevista coletiva na última sexta-feira (9). Na ocasião, ele foi questionado se a desistência na contratação traz alguma lição ao clube, no sentido de melhorar a qualidade dos profissionais contratados. Ele garantiu que o Corinthians já atua nesse sentido.
"A gente não tinha conhecimento da presença na manifestação a favor do golpe, nem o conheço direito e não quero ficar falando dele. É um grande profissional e isso foi levantado. Preferências políticas não nos importam. Nesse caso específico, ida ao quartel, não sabíamos. Quando soubemos, foi quando passamos a vocês que a contratação seria desfeita. Compliance não é simples de implementar. São muitas coisas, muitas áreas, contratos, tudo", encerra.
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