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Diretor do São Francisco questiona FPF sobre vaga na Copa do Brasil e Ricardo Gluck Paul rebate

Vaga na Copa do Brasil foi dada ao Águia de Marabá, após avaliação do departamento jurídico e de competições da CBF

Fábio Will
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A vaga paraense na Copa do Brasil segue sem definição. O São Francisco acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar recuperar a vaga na Copa do Brasil, que foi dada, após parecer da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao Águia de Marabá. Em entrevista à Rádio Liberal +, o diretor financeiro do São Francisco, Rodrigo Quinco, falou que o clube se sente lesado pela federação Paraense de Futebol (FPF), e afirmou que a instituição já sabia da decisão desde março, porém, só comunicou o clube em dezembro. O presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, respondeu e afirmou que a decisão foi da CBF e que em março, existia um parecer com um contexto diferente, além de lamentar as palavras do dirigente do clube santareno.

Segundo o diretor do São Francisco, após a vaga ser dada ao Águia de Marabá, o clube santareno se sente lesado, pois iniciou um planejamento, conforme o que o presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, já havia dado como certa a vaga ao clube de Santarém (PA).

"A FPF fez esse regulamento e ele foi informado no dia 20 de março pela CBF que, em caso de vitória de um time paraense na Copa Verde, a vaga deveria ser dada no Campeonato. No entanto, o São Francisco só recebeu essa orientação no dia 23 de dezembro. Durante esse período todo, o presidente da FPF vinha nos meios de comunicação dizer que a vaga era do São Francisco", explica Rodrigo Quinco.

"A gente se sente lesado, que a CBF deu o parecer final dia 18 de dezembro, mas mesmo assim a FPF continuou segurando a informação, formalizando para a gente só no dia 23 de dezembro. Durante esse período nos preparamos para a Copa do Brasil. Como fica o orçamento do clube? Nossos jogadores se apresentaram dia 18, e nós nos programamos para jogar dois campeonatos. Tivemos uma surpresa desagradável”, diz o diretor do São Francisco.

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Diretrizes da CBF

O Núcleo de Esportes de O Liberal entrou em contato com o presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, que falou sobre o assunto. Para o mandatário da FPF, as vagas nas competições nacionais seguem diretrizes da CBF

“É importante destacar que não foi a FPF que ‘fez esse regulamento’, a dinâmica de confecção de qualquer regulamento de competições profissionais, por lei, impõe que o processo decisório seja dos clubes disputantes", destaca o presidente da FPF.

"Foram os clubes, em assembleia própria, que decidiram que, em caso da vitória de um clube paraense na Copa Verde 2024 e que já tendo esse clube conquistados umas das 3 vagas ofertadas a FPF na 1ª fase da Copa do Brasil 2025, quem ‘herdaria’ a mesma seria o Vice-Campão da Copa Grão-Pará. Ocorre que, como a redação do caput do artigo 74 do REC [Regulamento Específico da Competição] do Parazão deixa claro, as vagas das competições nacionais seguirão as diretrizes da CBF que, nesse caso, entendeu que a referida vaga não poderia ser como definido localmente (vice-campeão Copa Grão-Pará)”, completa.

Presidente da FPF

Ricardo explicou ainda que o parecer de março de 2024 era em um contexto diferente do atual e que nessa situação, se discutia a vaga na Série d do campeonato Brasileiro. Gluck Paul falou ainda que tudo era um “parecer”, não algo definitivo e que a decisão era única e exclusiva da CBF.

“Quanto à FPF ter conhecimento de que já havia um indicativo de que a vaga não seria conforme decidido pelos Clubes paraenses isso é verdade, contudo dentro de um contexto absolutamente diferente do que o diretor propõe em sua narrativa. O parecer de março de 2024 era, como o próprio nome diz um parecer, uma opinião manifestada em um documento interno dentro de um contexto que discutia na época outra questão, que era a vaga da série D", inicia Gluck Paul.

"Naquela altura o parecer estava longe de uma decisão específica porque para isso haveria de cumprir outro rito, mais tarde cumprido, que era o do envio das informações completas, regulamentos específicos, votação do congresso técnico e uma série de outras questões necessárias para definição de uma questão tão importante quanto essa. Para provocação da decisão da CBF enviamos, inclusive, manifestação dos próprios clubes defendendo seus pontos de vista. Ou seja, o parecer de 2024 não era uma decisão, era apenas uma opinião acerca de outro questionamento totalmente fora do contexto atual”, completa.

Só após novembro

O mandatário da FPF informou ainda que a competição só foi discutida pela CBF no mês de novembro, desde então nada tinha sido decidido pela instituição que comanda o futebol nacional. Desde então é que estudo dos potes, clubes participantes, chaveamentos e levantamento de ranking foram analisados e dado o parecer do departamento jurídico e de competições da CBF.

“Copa do Brasil só foi acontecer em novembro e somente a partir daí que se inicia o debate sobre a Copa do Brasil de 2025. Somente em novembro, como deveria ser, é que recebemos a solicitação de indicação dos clubes paraenses à Copa do Brasil, que, na realidade, é o envio do regulamento das competições e a classificação final dessas competições. E é somente a partir daí que iniciamos o processo de discussão acerca do questionamento do filiado Águia de Marabá. É quando partimos para o envio das informações completas e solicitação de definição da CBF", detalha.

"Lamento as declarações do diretor do São Francisco, que parece não conhecer o caso o suficiente para realizar esse tipo de entrevista. Por fim, o desminto quando diz que dei diversas declarações afirmando que a vaga seria do São Francisco. Sempre cuidei de informar que seria uma decisão da CBF”, finaliza.

Entenda o caso

A "confusão" em relação a quem teria direito à disputa da Copa do Brasil, ocorreu por conta da conquista da Copa Verde pelo Paysandu. Com isso, o Pará ganhou mais uma vaga para a competição, já que o Papão também ganhou o direito de entrar automaticamente na terceira fase do torneio. A decisão sobre o classificado no lugar do Paysandu se complicou, pois nesta temporada a FPF aderiu à disputa da Copa Grão-Pará para decidir a terceira vaga de direito do futebol paraense. O São Francisco, que foi vice-campeão do torneio, passou a reivindicar a classificação para a competição nacional, assim como o Águia, que defende que a vaga-extra siga a classificação final do Parazão.

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