Depois do 'Rei', relembre os 'súditos' paraenses que também usaram a camisa 10 no Santos

Pelé não só foi o maior jogador de todos os tempos, como também imortalizou a camisa 10; depois dele, o peso do uniforme permanece, com inúmeros candidatos a sucessão, entre eles, alguns atletas paraenses

Luiz Guilherme Ramos
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A trajetória de Pelé no Santos é tão grandiosa que não inclui apenas gols e títulos. Ao longo de seus 18 anos vestindo o uniforme do Alvinegro Praiano, o jogador imortalizou outros ícones, como a camisa 10. Desde 1974, quando deixou a Vila Belmiro para desbravar o futebol nos Estados Unidos, inúmeros jogadores vestiram o mesmo uniforme, nenhum deles com a mesma dimensão do 'Rei'. Diante do desafio, inúmeros atletas o sucederam, entre eles, alguns jogadores paraenses de destaque nos anos 90 e 2000.

Um deles, talvez o mais admirado depois de Pelé, chegou ao Santos no final de 1994, sem alarde ou projeções. Giovanni, também lembrado como o "Messias", foi criado na base da Tuna Luso, depois seguiu em uma sucessão de empréstimo por Remo, Paysandu, São Carlense e, por fim, o Santos. Não tardou para que o talento do jogador fosse reconhecido e suas habilidades lembrassem algumas do eterno camisa 10. Giovanni era um jogador refinado, estilo clássico e elegante. Possuía um domínio de bola avançado, tinha passes precisos e dribles rápidos.

O paraense foi tido como um dos últimos jogadores a honrarem a tradição da camisa, nascida após a saída de Pelé. Foram três fases no clube santista, mas a que marcou a passagem dele foi entre 1994 e 1996. Nesse período chegou a ser artilheiro do Campeonato Paulista, marcando 24 gols em uma única edição. O talento, somado à sua condição física elevada encantou a torcida. Dessa paixão surgiu a "Testemunhas de Giovanni", uma torcida organizada que homenageou um dos últimos bons camisas 10 do Santos.

O destaque no Santos levou Giovanni ao outro lado do Atlântico, onde o desafio era encantar ninguém menos que o Barcelona. Após a ida do meia para o futebol europeu, o então técnico Vanderlei Luxemburgo queria um substituto para a vaga e a opção seria um outro meia paraense: Arinelson, que já havia sido destaque no Iraty, do Paraná. Para convencer o clube da contratação, o "profexô" disse que Arinelson, ainda desconhecido do grande público, era “uma mistura de Beckenbauer com Maradona”, despertando o interesse de ninguém menos que Pelé, que pessoalmente ligou para o atleta.

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“Ele (Pelé) falou: “Alô, sabe quem é que tá falando? Aqui é o Pelé. Pode vir para cá que você vai ser bem tratado. O Santos é uma família, aqui é uma cidade praiana e você vai se sentir em casa”, disse o meia em entrevista no ano de 2018. A promessa, no entanto, deu lugar à pressão e a passagem dele na temporada de 1997 somou 26 jogos e sete gols, deixando o clube sem o mesmo prestígio do conterrâneo paraense. 

A relação de Vanderlei Luxemburgo com os paraenses não acabou por ai. Depois de Arinélson, Luxa indicou para o clube o meia Magnum, que fazia sucesso no Vitória da Bahia. Sem o mesmo falatório e comparações absurdas, o meia fez sua parte e ajudou o time a vencer o Campeonato Paulista de 2006, onde disputou 24 partidas e marcou três gols. Ao final da temporada, recebeu um convite para jogar no Japão e partiu. Abandonou o futebol em 2007 e abriu espaço para outro "maestro" da camisa 10. 

Logo em seguida, um garoto talentoso também nascido no Pará já dava sinais de um futuro promissor. No ano de 2008, depois do sucesso da dupla Diego e Robinho, surge na Vila Belmiro outra dupla, agora formada por Neymar e Ganso, o meia paraense que encantou o país e foi considerado por algum tempo o melhor camisa 10 do Brasil.

Com estilo de jogo refinado, bons dribles, boa visão de jogo e chute forte, Paulo Henrique Ganso marcou sua época no clube praiano e conquistou cinco títulos entre os anos de 2008 e 2012 o tricampeonato do Paulista entre 2010-2012, a Copa do Brasil 2010 e a Copa Libertadores de 2011. Na história recente, depois de PH Ganso não houve nenhum jogador de peso entre os armadores do time, mas o peso da camisa 10 continua mais pesado do que nunca. 

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