Copa Verde: colunistas de O Liberal acreditam que desistência do Remo interfere no 'peso' do torneio
Em contato com a reportagem, jornalistas avaliaram que torneio pode perder visibiliade com a ausência azulina.
A desistência do Remo da Copa Verde pode mudar o "peso" da competição nesta temporada. Pelo menos é o que acreditam os colunistas do Núcleo de Esportes de O Liberal. Em contato com a reportagem, os jornalistas dizem que a saída de uma equipe "protagonista" pode fazer com que o torneio regional perca visibilidade. Além disso, a ausência azulina pode aumentar ainda mais a responsabilidade do maior rival, o Paysandu, na busca pelo título.
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"É lamentável [a desistência] porque o que a Copa Verde tem de melhor é o Re-Pa. A partida que 'salva' o torneio é o clássico. Infelizmente neste ano não teremos. Por conta disso, o Paysandu entra como o grande favorito, até com obrigação de conquistar o título", disse o jornalista Carlos Ferreira.
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Nesta sexta-feira (26), o presidente do Remo, Fábio Bentes, deu uma entrevista coletiva explicando os motivos pelos quais o Leão Azul não disputará a Copa Verde neste ano. Um dos argumentos usados pelo mandatário remista é a ausência de elenco para disputar a competição, uma vez que a equipe dispensou vários jogadores após a eliminação precoce na Série C.
De acordo com Ferreira, o argumento usado por Bentes é válido. Apesar disso, o jornalista acredita que um Remo "alternativo" durante a Copa Verde poderia dar à comissão técnica novas possibilidades para o início de trabalho em 2023.
"A Copa Verde pro Remo só vale a pena se ele for campeão. Para qualquer clube grande, a Copa Verde só vale se tiver o título. O Remo deve ter entendido que a chance de ser campeão com um elenco formado em cima da hora era mínima. No entanto, o clube perde, talvez, a possibilidade de tirar uma limonada do limão. Caso entrasse com um time alternativo, poderia fazer a descoberta de alguém interessante para 2023", avalia o jornalista.
Competição feita no afogadilho
De acordo com o jornalista Pio Netto, a Copa Verde de 2022 foi fruto de um descaso da CBF com a competição regional. Segundo ele, devido ao calendário "espremido" de 2022, em decorrência da Copa do Mundo do Catar, a Copa Verde não deveria ser realizada.
"Penso que a CBF deu uma demonstração de total desleixo e desinteresse com o torneio. Onde já se viu uma entidade, que gerencia o futebol nacional, definir uma competição regional em um tempo tão pequeno? Claro que a ausência do Remo pesa ainda mais nisso, uma vez que é sempre uma das equipes cotadas ao título", avaliou.
Pio Netto também falou sobre uma possível interferência do presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, na organização do torneio. De acordo com o jornalista, uma Copa Verde feita às pressas vai de encontro com a política de competição "reformulada", defendida pelo ex-mandatário do Paysandu.
"Se eu fosse o presidente da Federação não defenderia a Copa Verde neste ano. Pode ocorrer de um clube investir em um elenco e ser eliminado no primeiro jogo. Talvez, a competição fosse 'salva' se fosse agendada pra janeiro, com mais respiro. O que me chamou a atenção foi a pressa pra organizar este torneio dessa forma", explicou.
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